O teor dos depoimentos não foi revelado para não atrapalhar as investigações.
O coronel João Marinho, chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Estado ouviu, na manhã desta quinta-feira, o depoimento de alguns dos principais envolvidos no flagrante ao veículo da deputada estadual Thaíse Guedes (PSC), durante blitz realizada pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), na Jatiúca.
Na lista dos depoentes, militares do BPTran que participaram da blitz, dois policiais: o tenente Monteiro e o sargento Jota Roberto, que foram negociar a liberação do veículo e o suposto mandante da ação, o chefe de gabinete da assessoria militar da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), coronel Paulo Amorim.
O teor dos depoimentos não foi revelado para não atrapalhar as investigações. O Alagoas24Horas também não foi autorizado a fazer imagens dos depoimentos.
O advogado da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), Anaxímenes Marques, informou que os depoimentos foram proveitosos, no entanto, alguns detalhes sobre o ocorrido durante a blitz precisam ser esclarecidos. A expectativa é que parte dessas dúvidas seja dirimida nos depoimentos que ocorrerão nesta sexta-feira, 20. Além disso, serão realizadas diligências junto a órgãos como o Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran).
Em entrevista à Rádio Gazeta, nesta tarde, o comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Luciano Silva, disse que a Polícia Militar, através do BPTran cumpriu o seu papel durante a blitz, como faz com qualquer outro cidadão. Questionado sobre a atitude dos policiais da assessoria militar, Silva voltou a dizer que a PM abriu sindicância para apurar possíveis irregularidades e se houver culpados serão punidos.
O veículo da deputada estava irregular, devido ao não pagamento de taxas obrigatórias, e com condutor inabilitado, não houve saída para os militares do BPTran senão apreender o veículo. No entanto, ao invés de ser recolhido ao pátio do Detran, o carro foi liberado pelos PMs da assessoria militar.
Após a repercussão do caso, a deputada disse ter ‘sido tratada como criminosa’ e chegou a alegar que os policiais do BPTran agiram com desrrespeito à sua condição de cadeirante.