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Espectro: delegado teria furtado cheques da operação; 4 presos

Além de Lucca, foram presos Marcos Gomes Pontes, corretor de imóveis, Márcio de Magalhães, comerciante e Cássio Felipe Moura, autônomo.

Divulgação PC

Imagens do corretor Marcos Gomes se dirigindo ao apartamento do delegado

A 17ª Vara Criminal da Capital determinou a prisão do delegado de Polícia Civil, Haroldo Lucca Gonçalves, titular da Delegacia de Combate aos Crimes contra Ordem Tributária e Administração Pública (Decotap). A prisão atendeu à solicitação da delegada Ana Luíza Nogueira, diretora da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

A prisão de Lucca, que presidia o inquérito da Operação Espectro, se dá um dia após o delegado-geral de Polícia Civil, José Edson de Freitas Junior, designar uma comissão de delegados para investigar o desaparecimento de cheques no valor de quase R$ 1 milhão, que estavam sob a custódia da delegacia. O delegado foi preso na manhã de hoje, em sua residência, e deve ser encaminhado para a Casa de Custódia da Polícia Civil.

De acordo com as investigações conduzidas pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), os cheques foram retirados pelo delegado Haroldo Lucca Gonçalves e utilizados em uma transação comercial. Além de Lucca, foram presos Marcos Gomes Pontes, corretor de imóveis, Márcio de Magalhães, comerciante e Cássio Felipe Moura, autônomo.

Segundo informações extraoficiais, Lucca teria descontado pelo menos um cheque no valor de R$ 20 mil. O valor, no entanto, está muito aquém do que foi divulgado pelo advogado do empresário Délio Xavier, preso durante a Operação Espectro, com mais de R$ 4 milhões. Segundo o advogado, quase R$ 1 milhão teria ‘sumido’.