Nos três primeiros meses do ano, gastos somaram US$ 5,38 bilhões.
Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 5,38 bilhões nos três primeiros meses deste ano, novo recorde histórico para o período, segundo informou nesta terça-feira (24) o Banco Central (BC). Em igual período do ano passado, recorde anterior, haviam totalizado US$ 4,75 bilhões. Com isso, o crescimento foi de 13,2%. A série histórica do BC tem início em 1947.
Apesar do recorde no trimestre, os gastos registraram queda pelo segundo mês consecutivo. Em janeiro, as despesas lá foram haviam somado R$ 1,99 bilhão – o maior valor em seis meses. Tradicionalmente, os gastos no exterior sobem em períodos de férias escolares. Em fevereiro, somaram US$ 1,74 bilhão e, em março, totalizaram US$ 1,62 bilhão.
Com isso, os gastos de brasileiros no exterior confirmaram a previsão do BC, que era de recuo frente a março de 2011 – quando somaram US$ 1,64 bilhão. Segundo avaliou no mês passadoTulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, a queda se deve ao fato de o carnaval ter ocorrido em fevereiro neste ano. No ano passado, o feriado foi em março.
"Para março de 2012, tendência é de reverter. A parcial indica que não teremos crescimento frente a março do ano passado", declarou ele no mês passado.
De acordo com economistas, os gastos de brasileiros no exterior costumam crescer quando a cotação do dólar está mais baixa. No mês passado, a moeda norte-americana registrou elevação acima de 6%, fechando março em R$ 1,82. No fim de fevereiro, a moeda norte-americana estava cotada em R$ 1,72.
Em abril, já está operando acima de R$ 1,87. As despesas no exterior, como passagens e hotéis, além de gastos no cartão de crédito, também são cotadas em dólar. Além do dólar, outro fator que contribui para a alta dos gastos no exterior é o aumento do emprego e da renda no Brasil.
Em 2011, ainda de acordo com números da autoridade monetária, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 21,2 bilhões. Com isso, as despesas de brasileiros lá fora cresceram 29,2% frente ao ano de 2010 (US$ 16,42 bilhões) e bateram novo recorde da série histórica da instituição, que começa em 1947.