A cidade registrou 12 mortos e 50.016 casos da doença em 2012. No estado, foram 64.423 infectados.
A cidade do Rio de Janeiro vive uma epidemia de dengue, com mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Segundo a secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil, no mês de março foram notificados 376,5 casos por 100 mil habitantes. De 1º de janeiro a 21 de abril houve 50.016 casos da doença e 12 mortes no município. No mesmo período do ano passado ocorreram 31 óbitos na cidade. Em 2002 e 2008, anos das últimas epidemias, houve 62 e 136 óbitos, respectivamente, nesse mesmo período no Rio.
Os bairros com maior incidência da doença são Grande Bangu (13.292 casos), Grande Madureira (11.140) e Campo Grande (8.224). Essas três regiões já haviam superado os 300 casos por 100 mil habitantes no balanço anterior. Em março, a região de Bangu registrou 846,6 casos por 100 mil habitantes, Campo Grande chegou a 686,9 casos e Madureira teve 543,5 casos por 100 mil habitantes.
Em todo o Estado do Rio foram registrados 64.423 casos de dengue neste ano. No mesmo período de 2011 haviam sido notificados 96.253 casos. Ao todo houve 13 mortes em 2012, sendo 12 no Rio e uma em Niterói, na Região Metropolitana. No município do Rio foram realizadas 2.125.322 inspeções neste ano. Durante essas visitas foram eliminados 26,9 bilhões de criadouros do mosquito.
No começo deste ano, o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, havia alertado para o risco de uma epidemia acontecer no primeiro semestre de 2012. O Brasil conseguiu reduzir, no início do ano, a incidência de dengue na maior parte do país. Ainda assim Jarbas chegou a mandar um recado para que as autoridades e a população permanecessem vigilantes porque os meses de março e abril seriam os de maior perigo da doença. No primeiro dia de março, ele foi enfático: “Nas oito primeiros semanas, houve redução do número de casos. Mas o período perigoso só agora está começando efetivamente”, disse Barbosa.
No mesmo dia, em visita ao Rio, o secretário chegou a afirmar que a capital fluminense era uma das cidades que mais preocupava. “É a maior cidade tropical do país, porta de entrada de estrangeiros que visitam o Brasil, é sempre ume preocupação”, afirmou.