O ex-secretário disse ainda que assumiu a pasta em 2007 e encontrou situação precária.
O ex-secretário de Defesa Social de Alagoas, general da Edson de Sá Rocha chegou ao Fórum do Barro Duro por volta das 14 horas para se apresentar aos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, após ser citado no esquema de compra irregular de alimentos para o sistema prisional.
O general da reserva do Exército não quis falar com a imprensa. Ele preferiu que seu advogado, Dagoberto Omena, se pronunciasse sobre o fato. A defesa esclareceu que não houve oitiva porque o processo está em fase de citação. Segundo a defesa, Sá Rocha não sabia das irregularidades. A partir de agora os advogados têm 10 dias para analisar o processo e apresentar a defesa.
Omena explicou que a Justiça revogou o pedido de prisão do ex-secretário em função do seu delicado estado de saúde. Sá Rocha estaria se recuperando de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que sofreu no ano passado e seu tratamento estaria sendo realizado em São Paulo, a cada três meses.
“O general possui residência em São Paulo, possui mais de 45 anos dedicados ao serviço público e está cumprindo todas as medidas cautelares impostas pela Justiça alagoana”, disse ao ser questionado sobre as razões pelas quais a Justiça teria acatado seu pedido de revogação da prisão. Sá Rocha está proibido de viajar por mais de oito dias e precisa comparecer ao Fórum do Barro Duro, em Maceió, sempre que for solicitado.
Ainda segundo a defesa, o ex-secretário estava tranquilo e negou qualquer envolvimento com irregularidades. Ele afirma que quando assumiu a Secretaria de Defesa Social, em 2007, a situação já não era boa. Os reeducandos revoltados com a precariedade dos serviços, ameaçavam fazer rebeliões. Por esta razão teria efetuado compras emergenciais de produtos alimentícios, sem licitação.
Os juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, Sandro Augusto, Lorena Sotto-Mayor e Rodolfo Osório Gatto, ouviram nesta tarde os demais envolvidos no esquema desbaratado pela Operação Espectro.