Para um dos ortopedistas da UE de Arapiraca, grande parte dos acidentados que chega à Unidade de Emergência é conduzida ou é passageiro das cinquentinhas.
96FM Arapiraca
De acordo informações de repórteres da imprensa arapiraquense, que cobrem o dia a dia da Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly (UE do Agreste), em Arapiraca, os números de acidentes envolvendo motociclistas continua aumentando assustadoramente. Segundo eles, as entradas na UE são decorrentes, em sua grande maioria, de acidentes de motos com fraturas graves e que deixam sequelas pelo resto da vida.
Preocupada com esse aumento, a própria direção da Unidade de Emergência do Agreste, por diversas vezes já ocupou os meios de comunicação de Arapiraca, para mostrar o aumento dos acidentes e até fazer um apelo para os pais, de que não deixem seus filhos menores de idade guiarem motos.
Os números são preocupantes e refletem a violência e imprudência no trânsito de Arapiraca, que diariamente acontecem acidentes envolvendo as motonetas, conhecidas popularmente como ‘cinquentinhas’ (mobiletes com motor abaixo de 50 cilindradas), que contribuem para o aumento do número de acidentes.
"É bastante comum se presenciar por toda Arapiraca, menores de 15 anos guiando este tipo de veículo, sem usar o capacete ou outros acessórios de proteção", disse um Agente de Trânsito, ressaltando, que por não haver até o momento nenhuma lei regulamentando o uso das cinquentinhas, os acidentes tendem a aumentar.
Para um dos ortopedistas da UE de Arapiraca, grande parte dos acidentados que chega à Unidade de Emergência é conduzida ou é passageiro das cinquentinhas. Segundo ele, a maioria sofre fratura de tíbia, antebraço e punho. “Como essas motos andam em menor velocidade, os danos aos ocupantes resumem-se a escoriações e fraturas, geralmente nos braços e pernas.
Mas, dependendo da queda, alerta o ortopedista, a vítima pode até sofrer traumatismo craniano encefálico (TCE) pela não obrigatoriedade do uso do capacete. Acidentes com este tipo de moto podem não matar, mas deixam seqüelas para o resto da vida”, frisou.
As estatísticas mostram que a maior parte dos acidentes é registrado aos sábados, principalmente no período entre 18h e 23h59.