Supensão ocorreu no RS.
Após denúncias de intoxicação alimentar, a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde de Porto Alegre notificou nesta quarta-feira (9) as quatro lojas da rede de lanches Habib’s localizadas na capital do Rio Grande do Sul. Três clientes passaram mal depois de terem consumido esfihas no mês de abril em uma unidade instalada no Bairro Floresta. A análise do material recolhido, feita pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS), constatou a presença de bactérias patogênicas no recheio do produto, que teve a venda suspensa e foi retirado de circulação.
Em contato com o G1, a assessoria de imprensa da empresa divulgou uma nota oficial na qual afirma que trata-se de um "caso isolado" e que a distribuição para o Rio Grande do Sul será feita por Curitiba. (Abaixo, leia a íntegra da nota)
No laudo do Lacen/RS, foram identificadas as bactérias listeria monocytogenes, escherichia coli e bacillus cereus. "As três causam intoxicação alimentar, diarréias, vômitos. Mas a primeira pode provocar o aborto em mulheres grávidas e quadros mais graves ainda em crianças e idosos com imunidade baixa", explica a técnica da Divisão de Alimentos da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Paula Marques Rivas. "Essas bactérias têm muita importância em saúde pública, são nocivas à saúde e têm origem fecal".
Para voltar a comercializar as esfihas, o Habib’s terá de apresentar um laudo comprovando que o produto está em condições de ser consumido novamente. "Nós já emitimos um alerta para todas as vigilâncias de municípios onde existem filiais da rede para que as mesmas medidas sejam tomadas para outras unidades da empresa". A central de distribuição do Habib’s, em Canoas, também foi notificada. Além de Porto Alegre, o Habib’s tem lojas em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Pelotas e Caxias do Sul.
Comunicado à Imprensa
"Com relação à suspeita da presença de bactéria nos recheios das esfihas, a empresa esclarece que: após tomar conhecimento dos fatos, iniciou o processo de análise e apuração da ocorrência; trata-se de um caso isolado, ocorrido em uma unidade da rede na capital gaúcha, cujas análises e contraprovas estão em andamento; em respeito ao seu consumidor, designou que suas equipes de operações e qualidade trabalhassem em conjunto com a Vigilância Sanitária para o esclarecimento dos fatos e conclusão das análises; até que os resultados sejam concluídos, o abastecimento dos produtos em questão, nas unidades de Porto Alegre, está sendo realizado pela cozinha central de Curitiba;
A direção da Rede esclarece que todos os cuidados com relação à produção e ao manuseio dos produtos são acompanhados por uma equipe, que envolve profissionais técnicos e ligados ao segmento da saúde. O conceito de produção verticalizado da empresa propicia a padronização de produtos e processos, garantindo qualidade e escala necessárias.
Faz parte da política da empresa, uma conduta ética e transparente, que prima pela gestão e pelo cuidado com as pessoas. Esse é o motivo pelo qual a empresa investe significativamente em aprendizado, qualificação, tecnologia e desenvolvimento profissional".