Indicativo de greve é para a próxima quinta-feira (17).
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal)
realiza assembleia geral, nesta terça-feira (15), às 9h30, no auditório da
Reitoria do Campus A. C. Simões, no Tabuleiro. Na pauta, a análise das
deliberações dos representantes de universidades federais, inclusive
da Adufal, durante reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (ANDES/SN), realizada no sábado (12), em Brasília.
Com a participação de representantes de 42 instituições federais de ensino superior (Ifes), o Andes/SN apontou o indicativo de greve para a próxima quinta-feira (17). Na votação, foram 33 instituições favoráveis à greve e três abstenções.
Representada por seu vice-presidente, professor Marcio Gomes Barboza
e seu tesoureiro-geral, Aílton Silva Galvão, a Adufal votou favorável à
paralisação por tempo indeterminado. “Como cada entidade tem direito a apenas um voto, nós votamos de mãos dadas, como forma de demonstrar, simbolicamente, a posição de unidade da entidade”, disse o professor Aílton Galvão.
Segundo ele, foi feita uma análise de conjuntura, contemplando os
recentes contatos do Sindicato Nacional com o Ministério da Educação
onde se ponderou o fato de a deflagração da greve interferir no processo de negociação com o governo, no entanto, o que falou mais alto foi o entendimento que a greve é um instrumento que os trabalhadores têm para pressionar o governo.
Em sua opinião, as paralisações dos dias 19 e 25 de abril contribuíram para que o governo se adiantasse em assinar a Medida Provisória (MP). A MP porém, não é tida como uma vitória para o movimento, uma vez que inclui pontos que não foram negociados com a categoria, como a questão da insalubridade que não contempla nem sequer o valor que vem sendo pago atualmente.
“O governo paga o acordo emergencial firmado em agosto de 2011 que
deveria ter sido implantado no contracheque de abril, no entanto, diminui os valores da insalubridade, o que representa perdas em nossos vencimentos”, aponta o dirigente.
Segundo suas explicações, o governo propôs o acordo de agosto 2011 de forma emergencial para corrigir distorções que existem nos salários dos docentes, entretanto tal acordo não contempla os demais itens referentes à pauta de negociação, protocolada em julho daquele ano, tais como a garantia de financiamento público para as instituições federais de ensino superior (Ifes), assegurando incrementos compatíveis para a expansão, com qualidade.
A carreira única para todos os docentes; a aposentadoria integral, de
forma a assegurar a paridade entre ativos e aposentados; a contratação
somente a partir de concurso público, pelo regime jurídico único e a garantia da gratuidade, integralidade e universalidade das ações dos hospitais universitários (HU’s) com adoção de medidas contra sua mercantilização e privatização são pontos que estavam na pauta e que não tiveram ainda resposta alguma do governo.