Segundo a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), médicos que hoje têm uma jornada de 20h semanais no serviço público, ao ingressarem na carreira, teriam que cumprir 40h semanais pelo mesmo valo.
Os médicos servidores públicos federais devem paralisar as atividades na próxima terça-feira. O protesto é contra a Medida Provisória (MP) nº 568, de 2012, que trata da remuneração e da jornada de trabalho de profissionais de saúde e deve ser votada no mesmo dia pela Comissão Mista do Congresso Nacional.
Segundo a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), médicos que hoje têm uma jornada de 20h semanais no serviço público, ao ingressarem na carreira, teriam que cumprir 40h semanais pelo mesmo valor, o que representaria uma redução de 50% na remuneração.
O presidente da Fenam, Cid Carvalhaes, considera a medida como um enorme retrocesso em um País já tão castigado pela carência do Sistema Único de Saúde SUS e pela desvalorização dos profissionais de medicina.
"As entidades médicas compreendem que a MP traz a determinados setores do funcionalismo avanços importantes, que devem ser mantidos e até ampliados. Entretanto, particularmente nos artigos 42 e 47, prejudica os atuais e futuros servidores médicos, dobrando jornadas sem acréscimo de vencimentos, reduzindo a remuneração em até metade e cortando valores de insalubridade e periculosidade. As perdas atingem, inclusive, aposentados (e pensionistas), que tanto já se dedicaram ao serviço público, enfrentando baixos salários e condições de trabalho adversas", divulgou, em nota, a Fenam.