Pecando pela falta de concentração, o Brasil oscilou entre bons e maus momentos, mas o técnico José Roberto Guimarães descartou falar em "apagões" das jogadoras em quadra na competição.
A Seleção Brasileira teve uma apresentação irregular diante da Itália neste sábado, pela quinta rodada do Grand Prix feminino de vôlei: apesar de vencer, venceu apertado (3 sets a 2, com parciais de 26/24, 14/25, 25/15, 24/26 e 16/14) e voltou a apresentar problemas em quesitos como saque e bloqueio, assim como no 3 a 1 sobre a Alemanha na sexta-feira. Pecando pela falta de concentração, o Brasil oscilou entre bons e maus momentos, mas o técnico José Roberto Guimarães descartou falar em "apagões" das jogadoras em quadra na competição.
Para explicar os momentos em que foi dominado pela Itália, como no segundo set, José Roberto viu as adversárias com uma melhor visão tática do jogo. No terceiro set, foi o Brasil quem conseguiu fazer melhor a leitura. Desta forma, os dois times mantiveram o equilíbrio pelo restante da partida.
"Eu detesto essa palavra, ‘apagão’. Você começa a virar de um lado, o bloqueio não funciona… Isso faz parte do jogo. O outro time, em uma situação tática melhor (no segundo set), conseguiu três, quatro pontos – como a gente fez a mesma coisa no terceiro set. isso faz parte do jogo, não acho que é apagão do time. O vôlei é um jogo tático, um jogo de precisão, onde você tenta minar o adversário nos seus pontos mais fracos. É isso que acontece, e o que aconteceu foi isso: nosso passe não saiu a contento, o ataque não estava virando. A mesma coisa aconteceu com a Itália: sacamos bem, o bloqueio posicionou juntamente com a defesa, acabou. A Itália não jogou no terceiro set", analisou o treinador brasileiro.
Após a quarta vitória por 3 sets a 2 em cinco jogos, o comandante da Seleção Brasileira cobrou o que chamou de "manutenção da performance". Mesmo elogiando a leitura que as italianas fizeram do jogo, o treinador viu o time desconcentrado em determinados momentos, o que causava a oscilação em mais um jogo e provou um número de erros maior do que o projetado para as partidas.
"Acho que a gente cometeu um número excessivo de erros, e isso dificultou nosso jogo. Nós precisávamos de um jogo assim, porque (o Brasil que enfrentou a Itália) é um time que está fazendo pela segunda vez uma partida nesse torneio. Mas foram muitos erros cometidos, e é onde a gent precisa diminuir", disse, admitindo um bom teste após a vitória contra a Alemanha, considerada o azarão do Grupo E.
"Já melhorou de ontem (sexta-feira). A gente sacou melhor que hoje, mas hoje a gente deixou algumas situações escaparem", completou, admitindo que o Brasil nem sempre conseguiu sacar onde planejava para complicar a armação de jogadas das italianas.