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Médicos suspendem serviços do IML de Maceió e Arapiraca

‘Corpos ficarão a encargo do Governo’, diz presidente da categoria.

Após infiltração, forro desaba em setor do IML de Maceió

Após deliberação assemblear, médicos legistas decidiram na noite desta segunda-feira, dia 18, suspender a partir da próxima quinta-feira (21) as atividades de necropsia, corpo de delito e conjunção carnal nos Institutos Médico Legal de Maceió e Arapiraca. A paralisação é por tempo indeterminado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), Wellinton Galvão, as sedes dos IMLs ficarão fechadas e o estado deverá se responsabilizar pelos corpos que lá chegarem. Galvão lembrou ainda que os órgãos públicos de direito são conhecedores das péssimas condições de trabalho nos Institutos. “Tanto é assim que o próprio Ministério Público Estadual (MPE) já recomendou a suspensão das atividades e fechamento do prédio", destacou.

Atualmente 30 médicos legistas assinam os laudos dos dois Institutos. “Desta vez não tem acordo. Já estamos cansados das promessas do governo. Os legistas só retomam as atividades depois que o Governo do Estado atender às exigências da categoria. Não é apenas uma questão salarial. Os valores são defasados, mas os colegas apresentaram fotos de corpos jogados no chão e instrumentos enferrujados. A situação é insustentável”, denunciou o presidente.

Os médicos legistas recebem hoje um salário de R$ 2.600,00 e reivindicam um Plano de Cargos e Carreiras, além do piso no valor de R$ 9.600,00.

Na semana passada, o então diretor do IML de Maceió, Gerson Odilon, pediu exoneração do cargo devido à falta de condições de trabalho e das deficiências de estrutura do prédio.

De acordo com o sindicato, os casos de estupro e flagrante de delito terão atendimento transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) e na Unidade de Emergência Doutor Houly de Almeida, em Arapiraca.

A Perícia Oficial do Estado, que coordena os trabalhos dos IMLs, ainda não se pronunciou sobre a paralisação.