Números empurram para a média de uma greve/mês.
A paralisação de diferentes segmentos nas esferas municipal, estadual e federal tem causado transtornos aos alagoanos ao longo dos últimos seis meses. Desde o começo do ano até esta data, os alagoanos já enfrentaram a greve dos professores da Uncisal, dos metroviários, dos médicos do PSF, além da suspensão temporária dos serviços dos médicos federais e dos rodoviários.
Atualmente, dois importantes segmentos também suspenderam suas atividades: peritos e os médicos-legistas dos Institutos Médico legal de Maceió e Arapiraca cruzaram os braços em protesto por melhores condições de trabalho e salário; na área da educação, docentes e servidores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) também suspenderam os trabalhos seguindo paralisação nacional. Com isso, os números empurram para a média de uma greve/mês.
Potencializando a aflição dos alagoanos, funcionários de Distribuidora de Eletricidade (Eletrobras), médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e servidores do Judiciário Federal e MPU de Alagoas têm realizado encontros assembleares para discutir indicativo de greve.
As diversas paralisações tornam inviável o apontamento do número aproximado de pessoas afetadas. Sobre a greve dos peritos e médicos legistas – que atinge de modo direto e indireto – todos os alagoanos, a Secretaria de Defesa Social ainda não se pronunciou. O mais perto de um pronunciamento oficial foi a declaração do recém-empossado diretor do IML, Luiz Antônio Mansur, que disse as negociações com a categoria estão em andamento e os corpos estão sob a tutela do Estado.
No próximo dia 27, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, virá a Alagoas para apresentação do Plano Nacional de Segurança, que deve contemplar, entre outros setores, os peritos e legistas do IML.