Com dois gols em cinco minutos, equipe celeste acaba com série de três derrotas e volta para casa com três pontos. Lusa segue próxima ao Z-4
O duelo não foi dos melhores. Longe disso, na verdade. Portuguesa e Cruzeiro até se esforçaram, mas a pouca criatividade dos dois times resultou num jogo muito fraco tecnicamente na noite desta quarta-feira, no Canindé. Melhor para a raposa, que soube aproveitar as chances que teve e venceu a Lusa por 2 a 0, gols de Wellington Paulista e Diego Renan.
Com o resultado, o time mineiro, que vinha de três derrotas, chega aos 17 pontos na tabela, na sexta posição. Já a Lusa, que agora acumula quatro jogos sem vencer, segue com oito pontos, em 15º lugar, próximo à zona de rebaixamento.
O primeiro tempo da partida foi uma punição aos torcedores que encararam a noita fria em São Paulo para assitir ao jogo. Com pouca criatividade, as equipes dos técnicos Geninho e Celso Roth levaram pouco perigo aos gols adversários. Montillo, cérebro do time e que completava a partida de número 100 com a camisa azul, pouco fez.
Na volta para a etapa complementar, um pouco de qualidade se fez presente em campo. O Cruzeiro perdeu uma ótima chance logo no início, com Bores. Dida fez boa defesa. À Portuguesa restava partir nos contra-ataques, já que os visitantes tinham maior posse de bola.
A partida só enquentou de vez quando tudo se encaminhava para um 0 a 0, o que seria até justo. Mas Borges foi derrubado na grande área, aos 33 minutos. Pênalti que Wellington Paulista, como sempre, se preparou para bater. No confronto com o gigante Dida, bola para um lado, goleiro do outro. Cinco minutos depois, Diego Renan arrancou e, da entrada da área, fez o segundo do time mineiro.
A Lusa volta a campo neste sábado, contra o Corinthians. O jogo será às 21h (de Brasília), no Pacaembu. Já o Cruzeiro pega o Flamengo no Independência, domingo, às 16h (de Brasília). Os confrontos serão válidos pela 11ª rodada do Brasileirão.
Sofrível, para dizer o mínimo
Os primeiros minutos do jogo foram de muito respeito e estudo, de ambas as partes. Com as duas defesas fechadas, os espaços eram poucos, e a tentativa mais frequente de conclusão a gol era através dos chutes de média e longa distância. Moisés e Diego Viana, pela Portuguesa, e Montillo e Willian Magrão, pelo Cruzeiro, foram alguns dos que experimentaram Fábio e Dida, sempre sem sucesso.
O Cruzeiro percebeu que só levaria algum perigo ao adversário se passasse a jogar pelas pontas, por isso Montillo e Tinga passaram a buscar alternativas pelos lados do campo. Os laterais Ceará (que fez a estreia com a camisa azul) e Diego Renan mais defendiam do que atacavam. A Portuguesa tentou algo semelhante. Moisés era o principal responsável em chegar àquele setor do campo, mas o fazia, na maioria das vezes, carregando a bola.
O fato é que se sobrava transpiração, faltava inspiração a Lusa e Raposa. O jogo era muito fraco tecnicamente, sem jogadas mais agudas, apesar da grande correria. Dida e Fábio eram espectadores de luxo na partida. Assim acabou se arrastou sem emoção até o fim do primeiro tempo, com esporádicas tentativas de gol.
Fatura liquidada apenas no fim
O segundo tempo foi bem melhor e mais disputado do que o primeiro. Até mesmo porque piorar era tarefa complicada. O Cruzeiro voltou em cima da Portuguesa e em menos de sete minutos já havia feito muito mais dos que nos 45 iniciais. O time celeste perdeu duas boas chances de gol. Primeiro com Borges, que arrancou e bateu para excelente defesa de Dida. Depois com Wellington Paulista, após grande jogada de Willian Magrão concluída pelo atacante com muito perigo.
Acuada na defesa, a Lusa teve que sair para o jogo, o que deixou esse setor mais aberto. É bem verdade que o time paulista também passou a marcar mais presença no campo de ataque, incomodano o sistema defensivo do Cruzeiro. Quando o ímpeto dos visitantes parecia ter diminuído, Borges foi derrubado por Rogério na área. Pênalti e cartão vermelho para o zagueiro. Wellington Paulista encarou o gigante Dida, mas manteve a tranquilidade habitual e cobrou com perfeição, aos 33, abrindo o placar no Canindé.
Um minuto depois, o time mineiro quase ampliou. A Lusa se mandou para a frente, e, num contra-ataque rápido, Montillo serviu a WP9, que deu um toque sobre Dida e viu a bola caprichosamente sair pela linha de fundo. Um segundo contragolpe, porém, foi mortal, e o Cruzeiro liquidou a fatura. Diego Renan arrancou do próprio campo, livre de marcação, e, da entrada da área, fuzilou Dida para fazer o segundo gol do time mineiro.