Rota Ecológica de 23km passará por três municípios.
Governo pretende investir em desenvolvimento turístico sustentável
Rota Ecológica se estenderá por 23km de praias em três municípios do litoral norte do Estado; projeto conta com a participação de cinco secretarias estaduais
Desenvolvimento planejado de turismo local diferenciado e ecologicamente correto, com rodovia contemplativa, iluminação por meio de energia solar e infraestrutura social e de serviços, com saúde, segurança e educação para as comunidades. Esses são os objetivos do Governo de Alagoas para a implantação do Projeto Integrado de Desenvolvimento Turístico da Região Norte.
A Estrada Parque Rota Ecológica corresponde ao trecho de 23km de praias do litoral norte do Estado entre os municípios de Passo do Camaragibe e Porto de Pedras.
O projeto resulta da união entre as secretarias de Estado da Infraestrutura (Seinfra), do Turismo (Setur), da Saúde (Sesau), da Defesa Social (Seds) e da Cultura (Secult).
Acreditando no potencial turístico diferenciado da região, as secretarias pretendem contemplar povoados que margeiam a rodovia AL-101 Norte, no trecho que não é convencionalmente utilizado em viagens rápidas pelo litoral, por abranger núcleos urbanos com modo de vida simples e estradas estreitas.
A Rota Ecológica terá início na foz do Rio Camaragibe, no distrito da Barra de Camaragibe, passando por sítios de coqueiros no município de São Miguel dos Milagres e indo até a foz do Rio Manguaba, no município de Porto de Pedras. De acordo com o secretário adjunto de Obras, Transporte e Logística da Seinfra, Manoel Messias Costa, a ideia é proporcionar a infraestrutura necessária para o acesso eficiente e seguro, mas que se harmonize com o meio urbano em que deve ser inserido.
“São locais com pequenas pousadas de charme, que se integram à realidade local, com o treinamento e a utilização da mão de obra nativa. Não queremos acelerar o desenvolvimento desses povoados com a construção de estradas de velocidade, mas proporcionar um desenvolvimento planejado, com foco num turismo diferenciado, que deve aderir ao modo de vida que ali existe”, avalia Messias.
A infraestrutura social e de serviços prevista no projeto inclui postos de policiamento, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), videomonitoramento de segurança, sistema de comunicação, ciclovia, heliporto, sinalização rodoviária e turística, ancoradouros de balsas, mirantes e iluminação diferenciada.
O empreendimento inclui a parceria com instituições de educação profissionalizante, a implantação da estrutura física do Centro de Referência e Pesquisa do Peixe Boi e o saneamento básico de todos os povoados do trecho, com abastecimento de água, esgotamento sanitário e destino ideal para resíduos sólidos.
Segundo o secretário da Infraestrutura, Marco Fireman, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou interesse em investir no financiamento do projeto. “O projeto, ainda em fase de elaboração, foi apresentado ao BID e deve ser inserido na Carta Consulta do empréstimo que está sendo trabalhado pela Secretaria do Planejamento junto ao próprio banco”, explica Fireman.
De acordo com a secretária do Turismo, Danielle Novis, a Setur está finalizando o Plano Diretor Integrado de Turismo, que deve promover a região. “A construção do Plano Diretor proporcionará o desenvolvimento ecológico sustentável da região e a fomentará enquanto destino turístico”, explica Danielle Novis.