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Moradores de loteamentos do Francês reclamam de descaso

De acordo com a presidenta, um ofício cobrando a resolução do problema já foi enviado para a Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro há cerca de um mês, mas nenhuma resposta ainda foi obtida.

Assessoria

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Centenas de moradores que vivem nos loteamentos Luar do Francês, Encontro do Mar e adjacências, no município de Marechal Deodoro/AL, estão inconformados com a falta de estrutura do local. Além dos antigos problemas que há anos incomodam os habitantes, como a falta de saneamento básico, de calçamento, limpeza e iluminação pública, outro fato novo que surgiu recentemente foi a falta de um acesso de retorno na rodovia AL – 101 Sul, sentido Barra de São Miguel/Maceió.

Agora, devido ao novo canteiro central dividindo os sentidos e colocado durante às obras de duplicação, quem sai do loteamento, localizado às margens da rodovia após o trevo do Francês (sentido Maceió/Marechal Deodoro), e quer ir para Maceió, Marechal Deodoro ou até mesmo para o outro lado do Francês, tem somente duas alternativas: ou faz o retorno no loteamento Barra Mar, já no município vizinho de Barra de São Miguel, que fica a 3 km, ou enfrenta uma estrada aberta recentemente pelos próprios moradores, como paliativo temporário.

Mas, segundo a presidenta da Associação dos Moradores do Loteamento Luar do Francês, Tereza Cavalcante, a estrada usada como alternativa não está sendo usada devido a uma enorme cratera que se formou devido às fortes chuvas. “Chega a ser um absurdo. Vários veículos já afundaram tentando passar por esta via de entrada e saída e tiveram que ser puxados por veículos maiores, como tratores”, conta Tereza.

De acordo com a presidenta, um ofício cobrando a resolução do problema já foi enviado para a Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro há cerca de um mês, mas nenhuma resposta ainda foi obtida. “Queremos o apoio por parte da prefeitura porque pagamos impostos e nada mais justo do que termos um mínimo de estrutura que atenda às necessidades dos moradores”, explica ainda Tereza Cavalcante que vem tentando contatos junto à Secretaria de Infraestrutura de Marechal.

Morte de morador
E o problema com as obras da duplicação da rodovia AL – 101 Sul já causou uma vítima fatal, segundo a presidenta da associação. Tereza Cavalcante disse que no mês passado o morador do loteamento Luar do Francês, José Wilson(54), que estava numa bicicleta, morreu atropelado quando passava pelo acostamento.

“Por ser uma área urbanizada tinha que ter iluminação pública nas margens da rodovia, além de sinalizações que orientem os motoristas sobre os perigos, inclusive de pedestres”, reclama Domingos Santos que é um dos mais de 400 moradores do loteamento com 13 anos de existência.

“São anos e anos pagando impostos e pouca coisa se vê. São matos e entulhos em terrenos baldios e agora nesse período chuvoso a lama dificulta a caminhada no loteamento pelo fato de todas as ruas serem de barro”, frisa ainda a moradora Denise Alves.

Os donos de restaurantes também são outros que reclamam com a falta de um retorno ou até de uma pista pavimentada no lugar da estrada aberta como alternativa para saída e entrada mais fáceis ao loteamento. De acordo com a presidenta da associação, o acesso para quem vem no sentido Barra de São Miguel/Maceió ficou inviável e a maioria já pensa em fechar as portas.

Prefeitura aponta embargo como justificativa
De acordo com a própria presidenta da Associação dos Moradores do Loteamento Luar do Francês, um embargo judicial é a justificativa usada pela prefeitura de Marechal Deodoro para não iniciar as obras estruturais.

“Também foi dito recentemente pelo Secretário de Infraestrutura que os moradores é que deveriam arcar com os custos do calçamento antecipando o pagamento de IPTU. Discordamos desta atitude porque já pagamos anualmente nosso imposto e entendemos que o município é o responsável em gerenciar os recursos e realizar o trabalho”, afirma Tereza Cavalcante.

Tereza ainda explica que há muito tempo o lotemento vem deixando de ser um local apenas com casas de veraneio e se tornou uma região com pessoas que moram e dependem do serviço básico de estrutura. “O que queremos não é luxo e nada de extraordinário, mas somente boas condições para morarmos”, ressaltou.