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Maternidade do HU funciona com superlotação desde sábado

Superlotação das maternidades para atendimento a gestantes de alto risco - HU e Santa Mônica - é uma situação cíclica

Apesar da Direção Geral do Hospital Universitário ter anunciado oficialmente a redução em 50% dos leitos da maternidade em decorrência da greve nacional dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Alagoas, o atendimento no setor não foi reduzido e ainda registra superlotação desde o último sábado.

Nesta terça-feira, 24, pela manhã, 52 pacientes estão internadas na maternidade, sendo que três delas acomodadas em macas no corredor. A maternidade deveria funcionar com apenas 30 leitos, do total de 60, já que também houve redução no número de profissionais em função da greve.

No sábado, a maternidade registrou o atendimento a 16 gestantes, com sete internamentos. No domingo, 26 gestantes procuraram assistência do setor, foram atendidas e 14 delas precisaram ficar internadas. Na segunda-feira, 23, foram atendidas 28 gestantes com cinco admissões. Com a superlotação no final de semana, duas pacientes foram internadas, inclusive, em leitos da Clínica Cirúrgica do hospital.

A superlotação das maternidades em Alagoas, tanto do HUPAA quanto da Santa Mônica, que são as duas referências para atendimento a gestantes de alto risco, é uma situação cíclica e que vem se repetindo nos últimos anos com mais frequência. Na avaliação da coordenadora da Maternidade do HUPAA, Lúcia de Fátima Amorim, desta vez o quadro de superlotação foi agravado em função do fechamento das maternidades Nossa Senhora da Guia e Paulo Neto, que atendem gestantes de baixo risco.

Na maternidade do HUPAA, outro fator contribui para a superlotação: a maternidade é a única em todo o Estado que faz curetagem nas mulheres que abortaram, independente da causa. O procedimento não é feito nem na Maternidade Santa Mônica e nem em maternidades conveniadas ao SUS.