Anualmente, o governo investe mais de R$ 87 milhões para atender os alagoanos.
Nos cinco anos da atual gestão estadual, o número de alagoanos atendidos pelo Componente Especializado Farmacêutico (Ceaf), antiga Farmex, aumentou 625%, com investimento R$ 87 milhões por ano, sendo recursos do Estado e da União. Em 2007, 4.800 pacientes do Sistema Único de Saúde eram usuários da unidade e atualmente são 30.100 atendidos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (2), pelo governador Teotonio Vilela Filho, que visitou a Diretoria de Assistência Farmacêutica (DAF), acompanhado do secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo.
O incremento de mais 28.000 alagoanos recebendo remédios de alto custo gratuitamente faz parte do Programa de Descentralização e Modernização da Assistência Farmacêutica, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Desde o início da atual gestão, já foram inauguradas unidades em Arapiraca, Palmeira dos Índios, Penedo e São Miguel dos Campos, mas já existe projeto para descentralizar o serviço para Viçosa, Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, União dos Palmares, Porto Calvo e Matriz do Camaragibe.
“Nosso propósito é melhorar a assistência farmacêutica para os alagoanos e já estamos trabalhando neste sentido, pois o número de alagoanos atendidos pela Ceaf cresceu de forma bastante expressiva. E já estamos trabalhando para que o serviço chegue aos 102 municípios do Estado, por meio de investimentos do Programa Alagoas Tem Pressa, onde também iremos criar o programa para a entrega domiciliar, destinado a atender os pacientes acamados”, afirmou o governador, informando que serão 116 unidades até 2015.
Sem filas – Mas além do aumento no número de alagoanos atendidos, o Programa de Descentralização e Modernização da Assistência Farmacêutica também humanizou e informatizou o sistema de cadastro e atendimento, encerrando as filas que se formavam na unidade. “Atualmente, a farmácia disponibiliza mais de 154 tipos de medicamentos para 32 patologias específicas, de doenças oncológicas a hormonais”, informou o secretário de Estado da Saúde.
Ainda de acordo com ele, anteriormente o índice de abastecimento correspondia a 36%, mas atualmente não há registro da falta de medicamentos, pois o estoque está 100% abastecido. Com isso, segundo o secretário de Estado da Saúde, tem sido possível evitar que os usuários fiquem sem assistência, mesmo quando os medicamentos estão em falta nos laboratórios fabricantes.
“A transformação da unidade é perceptível e os usuários afirmam que o serviço melhorou 100%. Não existe mais tumulto na unidade e todos são atendidos de forma humanizada e confortável, seguindo os preceitos do SUS [Sistema Único de Saúde]”, destacou o secretário Alexandre Toledo. A prova de que o nível de satisfação dos usuários apresentou um salto de qualidade pode ser verificada nas palavras da dona de casa Cleide Ferreira de Lima, que reside em Pão de Açúcar. Vítima de Lúpus, todos os meses ela se desloca até Maceió para receber o medicamento Azatioprina. “Há dois anos tenho acesso a minha medicação, que é distribuída na data correta e sem atropelos”, salientou, durante conversa com o governador Teotonio Vilela e o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo.
Acesso ao serviço – Para se cadastrar no Componente Especializado Farmacêutico, os alagoanos devem passar por uma consulta médica, onde serão realizados exames para detectar a patologia. Com o laudo em mãos, o paciente ou familiar se dirige à sede da antiga Farmex, localizada na Rua Goiás, bairro Farol, em Maceió, e após 15 dias já poderá ter acesso ao medicamento, com exceção da morfina, codeína, imunoglobulina, que são liberados imediatamente.
Segundo o diretor de Assistência Farmacêutica da Sesau, Fábio Pacheco, todos os cadastrados já sabem o dia que devem se dirigir para o Ceaf, visando receber o medicamento para tratar sua patologia. “A unidade está interligada ao Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (HÓRUS), criado pelo Ministro da Saúde (MS) para controlar e avaliar a distribuição dos medicamentos, otimizando o controle e evitando desperdícios”, afirmou Pacheco.
Economia – Ainda de acordo com o diretor de Assistência Farmacêutica, o governo do Estado vem conseguindo economizar recursos públicos, por meio dos processos licitatórios realizados pela modalidade pregão eletrônico, através do registro de preços. “Em 2011 foram investidos mais de R$ 38 milhões, com exceção da judicialização, para atender pouco mais de 24 mil pessoas. Este ano diminuímos o montante para R$ 36 milhões, mesmo diante do aumento de pessoas atendidas, que passou para 30.100 usuários”, ressaltou.