Cerca de 50 policiais trabalham nas buscas.
A polícia da Nova Zelândia retomará na manhã de sexta-feira as buscas pelo estudante brasileiro e outros dois desaparecidos que caíram no mar durante um passeio de escola na quarta-feira, mas disse não ter esperanças de encontrar as três vítimas com vida.
O estudante cearense de intercâmbio João Felipe Martins de Melo e o neozelandês Stephen Lewis Kahukaka-Gedye, ambos de 17 anos, caíram no mar na quarta-feira, quando escalavam uma rocha no Parque de Paritutu, localizado na cidade de New Plymout.
O instrutor Bryce John Jourdain, de 42 anos, pulou na água para tentar resgatar os estudantes e também desapareceu. Eles faziam um passeio com 11 colegas do Spotswood College, uma escola local, acompanhados de dois instrutores de uma empresa de esportes de aventura.
Uma porta-voz da polícia da Nova Zelândia, Victoria Evans, disse à BBC Brasil que, "após 24 horas do incidente, com o mar nas condições em que está, a polícia não tem mais esperanças de encontrar os desaparecidos com vida".
"Nós estamos fazendo o nosso melhor para encontrar os corpos e retorná-los aos familiares", disse ela. De acordo com o jornal NZ Herald, um terceiro estudante também caiu na água, mas conseguiu se agarrar a uma rocha e foi resgatado. Ele foi levado ao hospital com hipotermia, mas passa bem.
Ao ser questionada sobre as condições do acidente e se houve falhas na segurança, Evans disse que a polícia não vai falar sobre isso neste momento e que duas investigações serão feitas para apurar as causas do incidente.
Cerca de 50 policiais trabalham nas buscas, que foram suspensas no período da noite desta quinta-feira (a Nova Zelândia está 15 horas à frente do horário brasileiro) e irão recomeçar às 7 horas da manhã desta sexta-feira (16h de quinta-feira, horário de Brasília).
A operação conta com cinco botes infláveis, barcos da marinha e helicópteros. As equipes de resgate tiveram dificuldades devido às condições do mar, com fortes ondas, que também impediram mergulhadores de realizarem buscas no local.
Felipe é natural de Fortaleza, fazia um intercâmbio na Nova Zelândia desde janeiro e planejava voltar ao Brasil em outubro, segundo relatos de sua família à imprensa.