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Queda de braço: servidores federais prometem ‘ano de greve’

Servidores federais se dizem triste com Governo Federal e promentem atingir candidatos

Alagoas24horas

Servidores federais ameaçam paralisação

Servidores públicos federais, que vêm aderindo a um plano nacional de greve, se dizem muito decepcionados com o governo petista, onde segundo eles, não esperavam que o Partido dos Trabalhadores (PT) se aliasse às políticas neoliberais e, de acordo com o presidente do Sindicato do Judiciário Federal, Paulo Falcão, a paralisação do judiciário federal tem um único objetivo, afetar a classe política, principalmente os candidatos, no intuito de pressionar o Governo Federal.

Segundo ele, a última paralisação do judiciário federal, ocorrida em julho deste ano, aconteceu justamente no período em que se encerrava a inscrição do registro das candidaturas. “A nossa primeira paralisação se deu com a finalidadede pressionar o Governo Federal, atingindo o registro das candidaturas, porém, nada foi resolvido, agora a nossa intenção é declarar greve e atender apenas a população, ou seja, os 30% estabelecidos por lei, agora os candidatos serão prejudicados”, destacou, relatando que os servidores do judiciário federal entrarão em greve no próximo dia 20.

Ele também relata que entre os dias 13 e 17 de agosto, os servidores federais realizarão uma série de atividades e no dia 15, segundo Falcão, sairão em marcha com destino a Brasília. “Na última marcha, que ocorreu em 18 de julho, teve até repressão policial e desta vez não será diferente”, ressaltou, informando também que cada estado e segmento fará a sua delegação e o sindicato nacional espera colocar cerca de 15 mil servidores, o mesmo número da marcha passada.

Os servidores do judiciário federal, segundo Falcão, estão há seis anos tentando implantar o Plano de Cargos e Salários (PCS) e vários estados já aderiram à mobilização nacional de greve. “Essa não é apenas uma luta nossa, é de todos os servidores federais que se sentem desrespeitados por um governo que já representou a categoria dos trabalhadores e agora està aliado às políticas neoliberais, destinando apenas dinheiro para os banqueiros e à tal da dívida externa, como também para a copa e olimpíadas”, ressaltou.

“O primeiro governo que tem uma mulher no poder é o mesmo governo que rasgou as suas bandeiras históricas e de esperança. Enquanto isso o governo vem jogando na grande imprensa que a situação está controlada e na verdade não é bem assim, pois os servidores estão unidos e prometemos uma mobilização em nível nacional”, disse, destacando uma grande paralisação dos órgãos públicos federais em todo o país.

A categoria vem pressionando o Governo Federal, que tem o prazo até o dia 31 de agosto deste ano para enviar ao Congresso Nacional a emenda orçamentária para 2013. “Temos a esperança de resolver tudo isso até o prazo, caso contrário 2013 será o ano muito turbulento para o país, principalmente pela desmotivação dos servidores e possivelmente será o ano inteiro de greve”, concluiu.