Durante uma coletiva à imprensa, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) e o presidente do partido em Alagoas, Joaquim Brito, falaram sobre o suposto atentado sofrido pelo parlamentar na tarde de ontem (9), em um trecho da BR 101.
Durante uma coletiva à imprensa na tarde desta sexta-feira, 10, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) e o presidente do partido em Alagoas, Joaquim Brito, falaram sobre o suposto atentado sofrido pelo parlamentar e por seus assessores na tarde de ontem (9), em um trecho da BR 101. Medeiros descartou a possibilidade de briga de trânsito como o estopim para perseguição, que só terminou na porta da Delegacia de Igreja Nova, onde tentou buscar ajuda.
Questionado sobre as motivações para o atentado, Brito não poupou críticas ao Governo do Estado: “Houve um atentado à vida de um deputado e seus assessores. Se foi político ou não, é secundário. O partido responsabiliza o Estado pelo atentado e vai cobrar esclarecimentos”, afirmou, relembrando o assassinato do presidente do PT de Campestre, Genildo Correia Soares, ocorrido no final de 2009.
“Até agora o crime nunca foi esclarecido. Ele foi assassinado, enterrado e acabou. Durante este governo, tivemos um dirigente assassinado e um deputado vítima de atentado. Levaremos o caso ao conhecimento do presidente nacional do partido”, finalizou.
Ronaldo Medeiros contou que estava a caminho do município de Igreja Nova na tarde de ontem quando testemunhou o condutor da Hilux de cor prata e placa IAM 9097/SE agredindo verbalmente o responsável pelo sistema siga/pare no trecho em obras da rodovia. “Ele parecia alterado e ainda urinou na estrada. Neste momento, uma pessoa que estava comigo no carro disse que o rapaz se chamava ‘Orlandinho’ e era perigoso e ‘arrochado’”, relatou.
O deputado acrescentou que não teve qualquer contato com o acusado: “Em momento algum desci do veículo ou dirigi a palavra a ele, por isso descarto briga de trânsito como motivação para a perseguição que aconteceu a seguir”, afirmou.
Segundo Medeiros, ao sair do trecho siga/pare, seu veículo – uma Pajero preta –foi perseguido por cerca de meia hora e abalroado várias vezes pelo carro de Orlandinho e por uma Saveiro de cor branca, cuja placa não foi anotada. “Tudo indica que ele queria causar um acidente, nos jogando para fora da pista. Acredito que foi algo premeditado”, contou.
A perseguição só acabou quando o parlamentar chegou à Delegacia de Igreja Nova, mas, segundo ele, o drama não terminou aí. “Na delegacia não tinha proteção nenhuma. Havia só um policial, sem computador, sem viatura. Eu poderia ter sido morto lá dentro. Contei ao policial que tentaram me matar e ele disse que não poderia fazer nada, me orientando a ir até a Delegacia Regional de Penedo. Fui até a saída do município escoltado com a única viatura da Polícia Militar da cidade, que sequer tinha um rádio comunicador”, desabafou.
Na Delegacia de Penedo, onde registrou o Boletim de Ocorrência (BO), Medeiros disse que foi informado que a família do acusado era conhecida na região pelos métodos violentos. “Já recebi telefonemas de familiares dele, justificando que ele estava embriagado. Vou recebê-los para conversar em meu gabinete, na próxima segunda-feira pela manhã”.
Questionado sobre as motivações para a perseguição, o deputado disse preferir não acreditar que se trata de política, mas, frisou ter recebido informações de que Orlandinho é um dos secretários municipais de Porto Real do Colégio, onde o petista esteve, a convite de uma vereadora que faz oposição à prefeita, para discutir uma intermediação junto à Eletrobras para eletrificação de um conjunto residencial.