De acordo com a publicação, o salário mínimo e as aposentadorias subiram "muito mais rápido" do que a inflação.
A revista especializada em economia The Economist publica na sua próxima edição um artigo sobre um "momento decisivo" para a presidente brasileira Dilma Rousseff. A publicação britânica elogia suas "ações firmes" e o plano de conceder à iniciativa privada estradas e ferrovias, mas afirma que a presidente precisa fazer mais do que cortar o chamado "custo Brasil". Dilma não deve ceder a pressões de sindicatos e "abolir" as regras "absurdas" de aposentadoria, que permitem a saída do mercado de trabalho aos 50 e poucos anos.
De acordo com a publicação, o salário mínimo e as aposentadorias subiram "muito mais rápido" do que a inflação durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2010, enquanto as despesas com funcionários públicos mais que dobraram. A The Economist cita também a alta carga tributária no País, que seria do mesmo tamanho de uma nação europeia, mas sem os mesmos benefícios aos cidadãos.
A publicação afirma que o corte de juros para incentivar o consumo e elevar o crescimento não está mais fazendo efeito, e que seria preciso eliminar impostos e reduzir os gastos públicos para atrair o investimento. Segundo a revista, é mais barato para a indústria importar aço da Coreia do Sul do que comprar de produtores locais. "Retomar o crescimento e a competitividade das empresas brasileiras atacando a ganancioso Leviatã de Brasília é o melhor jeito de ela sair vitoriosa", afirma a revista.