Serão cinco dias de paralisação em protesto contra a falta de entendimento com o Governo Federal.
Policiais Federais e Rodoviários Federais decidiram não programar operações padrão para esta sexta-feira (17) nas estradas ou aeroportos. A decisão foi tomada depois que a Justiça proibiu a realização de operações desse tipo no país por considerá-las danosas à população. A proibição foi proposta na quinta-feira (16) pela Advocacia-Geral da União.
Por outro, os policiais rodoviários federais de todo o Brasil decidiram cruzar os braços, a partir da próxima segunda-feira, 20. Serão cinco dias de paralisação em protesto contra a falta de entendimento com o Governo Federal acerca do reajuste salarial, aumento de efetivo e concursos públicos.
Durante reunião realizada na noite de ontem, 16, em Maceió, a comissão de greve foi informada que 70% dos policiais que ocupam cargos de chefia em Alagoas decidiram entregar os cargos à Superintendência da PRF-AL, também em função da falta de diálogo com o Governo Federal.
Os grevistas realizarão manifestação na próxima segunda-feira, em frente a Superintendência da PRF, na Avenida Fernandes Lima, no Farol.
O governo tem até o dia 31 de agosto para dar uma resposta às categorias quanto a possíveis aumentos salariais para o ano que vem. As reuniões em Brasília já começaram.
Em entrevista ao Alagoas24Horas, um dos representantes da comissão de greve em Alagoas, Erinaldo Correia, disse que a postura do ministro Napoleão Nunes Maia Filho foi equivocada. Ao determinar que integrantes das carreiras da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal não realizem qualquer operação-padrão no país, ele está impedindo que as polícias alcancem melhores resultados nas suas abordagens.
“Em operações como esta conseguimos melhores resultados, como comprovam os dados, e a sensação de segurança da sociedade seria maior. Nós quisemos mostrar que a falta de efetivo nas polícias prejudica a atuação das equipes e ele entendeu como se estivéssemos obstaculizando”, disse Correia.