Os peritos precisaram quebrar o teto do apartamento nesta quarta para investigar a trajetória da bala
O assassinato do empresário da construção civil Sérgio Falcão, de 52 anos, tem um novo capítulo na manhã desta quarta-feira (29). Enquanto o corpo do dono da Falcão Construção e Incorporação LTDA. é velado, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) voltam ao apartamento na Avenida Boa Viagem, no bairro de mesmo nome, na Zona Sul do Recife, para continuar a perícia.
Os técnicos do IC chegaram por volta das 9h45 sem falar com a imprensa para reiniciar a apuração no apartamento 1002 do edifício de luxo 14 Bis, onde o empresário foi morto com um tiro na cabeça por volta das 16h dessa terça-feira (28). Depois, o perito Sérgio Almeida voltou à entrada do prédio e afirmou que, nesta quarta-feira, o teto terá que ser quebrado para a análise da trajetória da bala, concluindo o trabalho que foi iniciado na noite dessa terça. O empresário foi assassinado no closet que ele havia transformado em escritório.
Ainda são buscadas no local do crime impressões digitais. Segundo o perito do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) Nilson Oliveira, o objetivo é descobrir quantas pessoas estiveram no escritório. Já foram colhidas seis impressões ou fragmentos para a análise, que deve ser concluída em cerca de 10 dias. Nessa terça-feira, já haviam sido recolhidos alguns objetos.
O principal suspeito é um ex-segurança de Sérgio Falcão. Câmeras do circuito interno do prédio mostram o momento em que o homem entrou com autorização da vítima, que estava em casa apenas com uma empregada. Depois de fazer o disparo, ele deixou o local bastante nervoso, ainda segundo as imagens, vistas apenas pelos delegados que fizeram as primeiras apurações.
Entretanto, de acordo com o perito Sérgio Almeida, a hipótese de que o empresário tomou a arma da mão do homem e disparou contra si ainda não pode ser descartada. Para ele, é necessário aguardar a conclusão do exame feito para detectar a presença de chumbo na mão da vítima.
Para a polícia, o crime pode ter sido motivado por problemas pessoais ou financeiros. A Construtora Falcão apresentava problemas, como obras não entregues. A vereadora Dra. Vera Lopes, moradora do prédio, afirmou que Sérgio Falcão estava muito abalado psicologicamente devido à crise financeira por que passava. Separado recentemente da esposa, o empresário deixa um filho de 5 anos.