Policiais adiantaram que irão realizar uma reprodução simulada, uma espécie de reconstituição do crime.
Peritos do Instituto de Criminalística do (IC) localizaram o projétil que transfixou o crânio do empresário Sérgio Falcão, de 52 anos, morto na tarde de ontem. A bala estava alojada no teto de gesso de um cômodo anexo ao quarto, utilizado pela vítima como closet e escritório.
Já os policiais do Instituto Tavares Burol (ITB) conseguiram identificar a presença de seis impressões digitais que podem ser de diversas ou da mesma pessoa. As marcas dos dedos estavam na porta, parede e na pia do banheiro do imóvel.
Os policiais também desenharam a planta baixa do apartamento para usar nas investigações e adiantaram que irão realizar uma reprodução simulada, uma espécie de reconstituição do crime.
O proprietário da Construtora Falcão foi morto no 10º andar do o Edifício 14 Bis, um prédio de luxo localizado na Avenida Boa Viagem, no cruzamento com a Rua Félix de Brito Melo, na Zona Sul do Recife.
O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) atestou que o empresário Sérgio Falcão, de 52 anos, proprietário da Construtora Falcão, foi morto com um tiro disparado no céu da boca, que transfixou o crânio, saindo na parte superior da cabeça, na altura da nuca.
A informação trouxe para a polícia uma nova hipótese a ser investigada: a de suicídio. Também estuda-se a possibilidade de o assassino ter colocado a pistola dentro da boca da vítima e disparado. As informações foram prestadas pelo perito Sérgio Almeida, que fez o levantamento do caso. O corpo do empresário está sendo velado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, onde será sepultado às 15h.
Câmeras de segurança do edifício registraram o instante em que o suspeito entrou e saiu do apartamento e mostraram o momento em que o homem, autorizado pela vítima a entrar no imóvel, segurava uma arma de fogo. O homem, ainda não identificado, teria chegado de moto e deixado o veículo na garagem do prédio.
De acordo com a polícia, apenas a empregada doméstica estava na casa na hora do crime. A mulher teria dito que, minutos antes, o empresário a informou que iria receber uma visita importante e fechou a porta da cozinha. Ela ouviu o disparo. Porteiros também informaram que o suspeito já teria estado no apartamento outras vezes e sempre autorizado pela vítima.
O delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Recife (PE), Wagner Domingues, irá ouvir nesta quinta-feira, 30, o ex-segurança e a empregada doméstica do empresário para dar continuidade às investigações.