A presença dos militares não impediu o grande registro de evasão escolar.
Poucos alunos compareceram às aulas
Após dois dias de suspensão das atividades devido a ameaças de mortes sofridas por professores, a Escola Estadual Geraldo Melo, no Graciliano Ramos, reabriu as portas nesta segunda-feira, dia 10, com o apoio de viaturas na Polícia Militar de Alagoas. A presença dos militares não impediu o grande registro de evasão escolar.
Uma guarnição do Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc) foi deslocada para ficar permanente na porta da unidade de ensino e assim garantir a proteção dos professores e alunos durante o período de aula. No início do horário escolar, algumas pessoas em atitude suspeita chegaram a ser revistadas e ainda os alunos foram ‘orientados’ pelos policiais.
Para os funcionários da escola, a presença da PM no local minimizou a sensação de medo que estava instalada na unidade, mas não impediu a grande evasão. De acordo com a diretora adjunta, Vanessa Oliveira, das 20 turmas do período da manhã, apenas quatro estão tendo aula normalmente. “Registramos um grande número de evasão, acreditamos que pelo medo dos alunos”, ressaltou.
Os professores temem agora pela segurança após saída do trabalho. A diretora adjunta informou que o horário de permanência para fechamento da escola deverá ser reduzido para evitar riscos para os profissionais. Vanessa informou que é acostumada, junto com outros profissionais, a deixar a unidade de ensino mais de 22h e deverá sair mais cedo, temendo qualquer represália.
Os casos de ameaça de morte a professores atingem diretamente nove dos 45 professores da escola Geraldo Melo, mas a mesma situação foi registrada em outras escolas da região. Estas escolas também contam com o reforço no policiamento a partir de hoje.
Os alunos responsáveis pelas ameaças teriam envolvimento com tráfico de drogas na região e idades entre 13 e 17 anos.
Além da presença da PM nas escolas, a 14ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) garantiu que os alunos ‘problemáticos’ já foram identificados e que as medidas – enérgicas e administrativas – serão adotadas.