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Projeto do APL Mandioca contempla casas de farinha do agreste

Cerca de 4700 pessoas serão beneficiadas.

Integrante do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), coordenado pelo Governo de Estado através da Secretaria do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), o Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca Agreste Alagoano vai apresentar a segunda fase de um projeto para casas de farinha nesta terça-feira (18), no Palácio República dos Palmares. Na ocasião, o Conselho Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Cedafra) vai decidir se libera recursos para a eficientização energética em fornos de casas de farinha e implantação dos chamados poços amazonas.

Previamente aprovado em primeira instância pelo Colegiado de Desenvolvimento Territorial (Codeter) do Agreste de Alagoas, se liberado pelo Cedafra, o projeto vai beneficiar indiretamente cerca de 2.700 famílias só com os novos fornos e outras 2.000 com os poços. Segundo o Gestor do APL mandioca, Nelson Vieira, duas comunidades terão quatro poços amazonas instalados em duas casas de farinha.

“Conseguir o recurso para implantação desses dois poços é de extrema importância para essas comunidades. Além de melhorar significativamente a higienização na própria estrutura da casa de farinha eles também vão disponibilizar água potável para consumo próprio, atendendo ao produtor no seu trabalho e em casa”, explicou Nelson.

Dentro do escopo do projeto também consta a reforma de 30 fornos a lenha em 18 casas de farinha em nove municípios do agreste alagoano. Utilizando a eficientização energética a prática vai reduzir o consumo de lenha em 50% nos fornos, mas continuará preservando a linha de produção anterior. “Além de promover a economia de despesas, já que o consumo de lenha será cortado pela metade, temos também o viés ambiental, preservando a caatinga no Estado”, ressaltou.

Outro ponto importante da reforma dos poços é que seu novo design vai poupar que os operadores das casas de farinha fiquem vulneráveis à fumaça gerada diariamente no ambiente. “Esse é um ponto muito importante, porque durante muitos anos esses fornos foram projetados sem considerar os problemas que os efeitos colaterais provenientes dessa prática poderia gerar nesses produtores. Agora estamos priorizando a saúde dessas pessoas”, declarou Nelson.