A categoria definiu – em assembleia – que paralisarão as atividades nos próximos dia 10 e 11 deste mês, como forma de alertar e de manifestar repúdio ao que eles consideram "ditadura governamental”.
Os servidores da rede estadual de educação paralisaram suas atividades durante esta quarta-feira (3) e realizaram uma assembleia com os profissionais para discutir o futuro da categoria no Clube Fenix, na praia da Avenida, em Maceió.
A categoria definiu – em assembleia – que paralisarão as atividades nos próximos dia 10 e 11 deste mês, como forma de alertar e de manifestar repúdio ao que eles consideram "ditadura governamental”.
A categoria acusa o gestor da pasta como responsável pelo sucateamento na educação, principalmente por colocar empecilhos na implantação do Plano de Cargos e Carreiras Unificado para os servidores, como também por persuadir os diretores das unidades escolares para uma possível privatização ao apoio técnico.
“Não é apenas os professores que estão sendo desvalorizados, mas todos os funcionários da rede estadual de educação”, destacou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas (Siteal), Maria Consuelo Correia.
Segundo ela, as redes municipais de ensino – incluindo Maceió – têm um PCCS definido para a categoria, porém, a pasta estadual vem tentando desarticular as mobilizações dos professores. “Voltamos a era militar, onde tentam de diversas formas silenciar o sindicalista”, relatou indignada.
De acordo com Consuelo, desde abril a categoria vem negociando com a Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEEE), onde ficou acordado que até o dia 30 de agosto a proposta seria encaminhada para a Assembleia Legislativa do Estado (ALE).
“Porém, não aconteceu, eles ficaram revoltados com a nossa chamada na televisão, onde chamamos a categoria no intuito definir uma agenda de luta”, destacou. “Como modo de revolta eles travaram a pauta e disseram que não negociam mais com a categoria, tentando, digo mais uma vez, silenciar a categoria de diversas formas”, disparou.
A sindicalista destacou ao Alagoas24horas que a principal alegação dos gestores estaduais é de que não há recursos para assistir aos aposentados. “Não é um problema nosso, pagamos INSS e principalmente o Ipaseal para sermos assistidos na nossa aposentadoria. Agora eles não realizam concursos e enchem a rede com monitores, não podemos fazer nada”, alfinetou.
Após a assembleia, os servidores estaduais seguiram em caminhada até o Centro de Conversões e Exposições Ruth Cardoso, no bairro do Jaraguá, onde realizaram um protesto contra a reunião do secretário com os diretores das unidades escolares.
“O governo joga sujo com a classe trabalhadora e coloca o sindicato contra os trabalhadores”, advertiu. “O senhor secretário diz em alto e em bom que defende a tercerização para os companheiros de secretários de escola, iludindo os companheiros diretores contra o sindicato”, concluiu.
Após a assembleia, os manifestantes seguiram em passeata para o Centro de Convenções, onde se encontra o secretário Adriano Soares e os diretores das unidades estaduais de ensino. Diante do protesto, o secretário aceitou receber uma comissão do sinteal na reunião.