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Palmeiras perde nos Aflitos para o Náutico e fica mais perto da Série B

Gol de Kieza aos 14 minutos do primeiro tempo deixa time da casa perto de se garantir na matematicamente na elite e afunda ainda mais o clube paulista.

Cesar Greco/Fotoarena

O zagueiro do Palmeiras, Thiago Heleno, tenta tirar a bola de Kieza, do Náutico

A missão do Palmeiras de reagir nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro e evitar a queda para a segunda divisão ficou ainda mais difícil neste domingo. A derrota por 1 a 0 diante do Náutico neste domingo, no estádio dos Aflitos, faz com que o time comandado por Gilson Kleina permaneça a nove pontos do Bahia – primeira equipe fora da zona do rebaixamento. O problema é que agora restam apenas oito jogos para o fim da competição.

Estacionado na 18ª colocação com 26 pontos, o Palmeiras só não teve sua situação mais complicada porque o Bahia perdeu do Coritiba neste domingo . Na próxima rodada, a equipe do Palestra Itália visita o clube baiano em Salvador, na quarta-feira.

Mesmo atuando fora de casa, o time paulista começou melhor e pressionou o adversário. No entanto, Kieza aproveitou um contra-ataque e marcou o gol da vitória para os mandantes aos 14 minutos de jogo. O Palmeiras demonstrou vontade em busca do empate, mas não conseguiu. E as coisas ficaram ainda mais difíceis aos 18 do segundo tempo, quando teve o zagueiro Thiago Heleno expulso.

Nas contas de Kleina, o Palmeiras precisaria vencer seis dos oito jogos que restam para se salvar no Brasileirão. Já o Náutico, com a vitória deste domingo, atingiu 40 pontos, abrindo 12 para a faixa de descenso. A salvação pode ser sacramentada diante do Coritiba, na quarta-feira, no Paraná.

O jogo

Mauricio Ramos, Henrique e Daniel Carvalho estavam suspensos. Marcos Assunção, Valdivia, Correa, Maikon Leite, Wesley, Fernandinho e João Vitor estão machucados. Já Barcos defende a seleção argentina. Com todos esses desfalques, o técnico Gilson Kleina apostou em uma escalação ofensiva e conseguiu o que queria nos primeiros minutos: marcação sob pressão.

Com Leandro Amaro na zaga ao lado de Thiago Heleno, a maior surpresa veio no meio-campo formado por Márcio Araújo e João Denoni na saída de bola para Tiago Real armar e Mazinho abrir espaço e tabelar com os laterais, assim como Luan, em busca de Obina.

Com essa postura, o Palmeiras criou chances. Logo aos dois minutos, Luan chutou em cima de Felipe. Aos sete, Obina acertou Jean Rolt, e o substituto de Barcos ainda desperdiçou outra grande oportunidade ao girar na grande área e Ailson salvar em cima da linha do gol.

Parecia que a abertura do placar a favor dos paulistas era questão de tempo. Mas o Náutico mostrou que não precisava de tantas chances para fazer gol. Aos 14 minutos, Mazinho gerou contra-ataque ao chutar a bola em cima de um adversário e logo ela estava do outro lado do campo, com Araújo ajeitando para Kieza deixar Thiago Heleno no chão e fazer 1 a 0.

Na tentativa de manter seu ímpeto, o Palmeiras ainda conseguiu criar outra grande oportunidade tocando a bola no campo de defesa do Náutico até Juninho, completamente livre na área, chutar muito mal diante de Felipe, aos 18 minutos. Foi a última oportunidade de perigo dos visitantes nos Aflitos.

Nos 28 minutos seguintes, o que se viu foi um Palmeiras nervoso, criando contra-ataques para o adversário, principalmente em seguidos chutes de Mazinho e Luan sobre algum defensor rival. Araújo logo percebeu e estava sempre posicionado para receber a bola no ataque, sendo parado só com falta por Thiago Heleno e Leandro Amaro.

Na volta do intervalo, o técnico Alexandre Gallo tratou logo de ter o jogo nas mãos reforçando a marcação com a entrada de Josa no lugar de Rogério, apostando ainda mais nos contra-ataques que continuavam acontecendo. Com dez minutos de segundo tempo, Bruno já havia salvado chute de Araújo e Rhayner tinha acertado a trave.

Para aumentar o desespero palmeirense, aos 18 minutos, Thiago Heleno, mais uma vez, precisou fazer falta para parar Araújo e foi expulso. O cartão vermelho e quase meia hora em campo com um a menos não deixou ao Palmeiras nenhuma alternativa além de correr e tentar sobreviver com alguma garra.

O time, porém, poderia até mostrar algum alívio por não ter sofrido mais nenhum outro gol do Náutico, até porque a equipe pernambucana diminuiu o ritmo, ciente de que os três pontos estavam garantidos. Pior para o Palmeiras, com dificuldades para sair de um caminho que o aproxima da segunda divisão.

FICHA TÉCNICA – NÁUTICO 1 X 0 PALMEIRAS

Local: Estádio dos Aflitos, no Recife (PE)
Data: 14 de outubro de 2012, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Marcio Eustaquio Santiago (Fifa-MG) e Kleber Lucio Gil (SC)
Assistentes adicionais: Suelson França Medeiros e Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (ambos do RN)
Cartões amarelos: Martinez, Alessandro e Douglas Santos (Náutico); Leandro Amaro, Juninho e Patrick Vieira (Palmeiras)
Cartão vermelho: Thiago Heleno (Palmeiras)

Gol – NÁUTICO: Kieza, aos 14 minutos do primeiro tempo

NÁUTICO: Felipe; Alessandro (Alemão), Ailson, Jean Rolt e Douglas Santos; Elicarlos, Martinez, Rhayner e Rogério (Josa); Araújo (Rogerinho) e Kieza
Técnico: Alexandre Gallo

PALMEIRAS: Bruno; Artur, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Juninho; Márcio Araújo (Betinho), João Denoni, Tiago Real e Mazinho (Patrick Vieira); Luan e Obina (Vinícius)
Técnico: Gilson Kleina