Categorias: Artigos

Conduta e ética no Facebook

Tenho visto usuários de facebook, muitas vezes por acharem engraçado, curtindo imagens e frases que podem vir a denegrir sua imagem pessoal e profissional.

É muito comum ouvirmos alguém, de conduta religiosa, falar “ vou dar o meu testemunho” , e sobre quaisquer outro assunto “ esse é meu ponto de vista”. Muito claramente percebemos que ao fazer tal observação ao que foi ou será dito, tem efeito sobre suas próprias experiências.

Insatisfeito com as publicações em minha linha do tempo no facebook e os feeds de notícias, que geralmente vinham recheados de desabafos e links de mensagens de autoestima, fiz uma crítica associando o facebook a um divã e recebi de volta a observação de assídua do facebook questionando “ quem dele ainda não o fizera” .

Pois bem, apesar de ser especialista em ead e tendo realizado pesquisas de comportamento em redes sociais, me vi há muito pouco tempo declinado no teclado a digitar meus meros conflitos pessoais e postando mensagens para a autoestima. Associei-me a vários grupos nessa categoria e apareceram em meu feed de notícias diversas outras mensagens no mesmo formato. Passo agora então, a relatar meu testemunho e sobretudo “ meu ponto de vista “.

No dicionário podemos ler, entre muitas outras definições que CONDUTA: é a maneira de alguém se conduzir, se comportar; ou relaciona-la a procedimentos e comportamentos. Há porém quem questione que a conduta não está tão somente relacionada ou sujeita ao homem como também aos animais, tendo em vista que os termos conduzir e comportar expressa uma reação.

Baseando-se na filosofia de Aristóteles, Paulo Silvino Ribeiro assim define ETICA: uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.

A interface das redes sociais, em particular o facebook, embora tenha como princípio o compartilhamento das informações, oferece aos seus cadastrados opções de privacidade e criação de grupos de discussão onde é possível determinar o que será visto por todos ou por classificação. Ao cadastrar-se no facebook ou em qualquer outra rede social devemos ter cautela ao definir seus propósitos, sejam eles pessoais ou para fins profissionais. Muitos profissionais acreditam que o conhecimento do “pessoal” aproxima mais o “profissional “ daqueles que o seguem, enquanto outros ainda julgam que tomar conhecimento dos conflitos emocionais pessoais de um profissional possam o levar a depreciação de sua capacidade intelectual.

Tenho visto usuários de facebook, muitas vezes por acharem engraçado, curtindo imagens e frases que podem vir a denegrir sua imagem pessoal e profissional. Ao curtir, sugere-se que compartilhamos daquela informação, nos comparamos, classificamos, ou nos identificamos com aquela imagem exposta ou ausente. Por cautela na idoneidade moral é aconselhável portanto uma classificação de grupos de amigos sociais e profissionais, postando ou curtindo e compartilhando as informações a cada grupo de interesses específicos.

Sabemos o quanto é trabalhoso observar a cada post a quem ou a que grupo será compartilhado, mas sabiamente será uma prática a mais daquilo que temos como “valores”.

Recentes