O objetivo da ação foi conhecer a prática em sua aplicação.
Na última terça-feira (13), a gestão do Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura no Agreste realizou visita técnica em uma estação experimental voltada para a produção de caju e abacaxi, no povoado de Gulandim, em Teotônio Villela. O objetivo da ação foi conhecer a prática em sua aplicação, já que o APL recentemente incluiu culturas como a do caju e da pinha em seu quadro de atuação. No mesmo dia, essas mudanças puderam ser compartilhadas durante uma palestra promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para filhos de produtores, em Palmeira dos Índios.
Localizada na usina Seresta, a estação experimental de caju, que associa o cultivo de abacaxi à sua produção, foi escolhida para dar início ao processo de diagnóstico que oferecerá subsídio às mudanças no APL Fruticultura no Agreste. Acompanhados do agrônomo da Secretaria de Estado de Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Alberto Espinheira, a gestão do arranjo pôde constatar os benefícios que a agregação da fruta vai trazer para desenvolvimento da cadeia.
Segundo o gestor do APL, Guilherme Belmonte, a inserção de novas culturas deve ser realizada com toda a cautela e de forma gradativa. “O caju foi uma das frutas escolhidas para integrar o arranjo porque nós já havíamos identificado que era uma atividade já desenvolvida consideravelmente na região, mas que ainda precisava de uma organização. Pouco a pouco nós estamos nos surpreendendo com o nível de beneficiamento que podemos alcançar com a sua produção, incrível como é possível aproveitar praticamente tudo dela”, avalia Guilherme.
O gestor conta ainda que apesar da deliberação, a quantidade de produtores de pequeno porte do APL era um fator que deixava dúvidas sobre o sucesso da operação. “A maioria dos nossos agricultores trabalha com terrenos modestos
Contato com jovens produtores
Convidado pelo agrônomo Alberto Espinheira, o gestor proferiu uma palestra voltada para as novas diretrizes do Arranjo dentro de um curso promovido pelo Senar, que está previsto no Programa Nacional de Educação Tecnológica (Pronatec), do Governo Federal. Com o foco na orientação de filhos de agricultores, o curso tem como objetivo levar conhecimento a esse segmento através de técnicas de plantio, clonagem, produção, comercialização e gestão da propriedade rural.
“Foi uma oportunidade única, estavam ali presentes jovens produtores de pinha, abacaxi e caju, que são as nossas prioridades atualmente. Eles puderam tirar dúvidas e eu expliquei todo o funcionamento do Arranjo e como se dá a minha articulação no território. O APL deve ser visto como uma força para o desenvolvimento local e só com esse entendimento o nosso planejamento vai ter a possibilidade de virar realidade e modificar a vida dessas pessoas”, conclui Guilherme.