Manifestantes querem a suspensão da licitação.
Uma carreata com buzinaço marca na manhã desta terça-feira, dia 27, o protesto contra a implantação da Zona Azul na capital alagoana. O projeto, que está em fase de implantação, ‘privatiza’ o espaço de estacionamento público em diversas partes de Maceió. A previsão é de que seja cobrada a taxa de R$ 3,00 por hora estacionada.
O protesto de hoje se concentra na porta da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), no Tabuleiro do Martins. De lá, dezenas de trabalhadores convocados pela Central Única de Trabalhadores (CUT) seguem em carreata pelas Avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima e voltam a se concentrar em frente à sede do Executivo municipal, no bairro de Jaraguá, onde realizarão um buzinaço.
A Zona Azul está sendo questionada pelo Ministério Público Estadual, que deverá entrar com uma ação para anular o processo de licitação que escolheu uma empresa de Goiás para administrar cerca de 10 mil vagas de estacionamento nas ruas de Maceió. Segundo o MP, o caso é de licitação para “uso de bem público por empresa privada”, o que depende de aprovação da Câmara de Vereadores, após realização de audiências públicas, coisa que não foi realizada pela Prefeitura.
De acordo com Samuel Santos, da CUT, a manifestação pretende chamar a atenção para a privatização de área pública de Maceió. “A Zona Azul é a privatização da área pública. O Ministério Público questiona que não foi dado o devido procedimento legal para implantação desse sistema. Eles vão cobrar R$ 3,00 por hora de estacionamento e para onde vai esse dinheiro? Queremos que a licitação seja suspensa e que se abra discussão sobre o assunto e nova licitação”, enfatiza o sindicalista.