Categorias: Saúde

Sesau traça estratégias para frear aumento de dengue

Mais de 33 mil casos foram registrados em Alagoas.

Sesau

Sesau

O Comitê Estadual de Mobilização Contra a Dengue realizou, nesta quinta-feira (13), a última reunião de 2012 para discutir a situação atual da Dengue em Alagoas, além de traçar estratégias para prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti no Estado. O encontro aconteceu no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), em Maceió, e contou com a presença de diversas entidades que compõem o colegiado, além de integrantes da sociedade civil organizada.

Durante o encontro foi apresentada a situação da Dengue em Alagoas, que segundo dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), 33.301 casos da doença foram registrados até o último dia 10 de dezembro. Como no mesmo período do ano passado foram contabilizados 11.202 casos, houve um aumento de 197,28% no percentual de notificações.

Devido à tendência crescente de casos da doença, a diretora estadual de Promoção da Saúde, Eliana Padilha, enfatizou que as mobilizações são necessárias para garantir uma saúde melhor à população. “Para combater a Dengue, é importante promover a intersetorialidade de ações, qualificar a Atenção Básica, focar as ações nas escolas e continuar as vistorias em caixas d’água e na construção civil”, disse Eliana Padilha.

Segundo a coordenadora do Comitê Estadual de Combate à Dengue, Ana Lúcia Oliveira, o aumento dos casos da doença este ano se deve à introdução do Vírus IV. Além destes fatores, ela aponta que o clima favorável para a proliferação do Aedes aegypti e às poucas ações intersetoriais contribuíram para o aumento do número de casos da doença.

Os entraves da Dengue em Alagoas foram abordados pelo médico da Sesau, Celso Tavares. Segundo ele, a Dengue é uma doença evitável e a morte também. “Sabemos o que fazer para combater a doença. Não há entrave técnico. Temos de garantir a Atenção Básica e o tratamento deve ser feito por meio de hidratação e repouso, além do contínuo acompanhamento”, explicou.

Ainda segundo o médico, um dos principais entraves é a formação das pessoas. “É preciso manter a cidade limpa, como uma extensão da casa”, acrescentou. Somado a esses cuidados, o vírus vem sofrendo alterações – com a introdução do vírus IV em 2012 – e vai se tornando mais agressivo.

Ações – Desse modo, com a finalidade de monitorar a presença do vírus no Estado, foram adotadas as medidas de busca ativa de casos, acompanhamento dos níveis de infestação predial, intensificação do combate ao vetor, além de educação em saúde, comunicação e mobilização social. Em 2013, o Comitê tem como meta a realização de seminários, fóruns e monitoramento das ações de mobilizações nos municípios.