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Ambulatórios deixam de atender mais de 500 pacientes, diz Sesau

Atendimento foi reduzido devido à greve.

Em razão da greve deflagrada pelos médicos na última terça-feira (11), os médicos deixaram de atender mais de 500 pessoas diariamente nos seis Ambulatórios 24 Horas mantidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Isso porque, enquanto em dias normais são contabilizados mais 100 atendimentos, desde que a greve foi iniciada os procedimentos contabilizados cairão pela metade.

Segundos estatísticas da Superintendência de Atenção à Saúde, para se ter ideia do problema ocasionado pelos médicos, no Ambulatório Assis Chateaubriand, onde são atendidas mais de 200 pessoas por dia, o atendimento foi reduzido para 60 em média. Situação que se repete nas demais unidades e tem acarretado em um aumento de 20% no atendimento do Hospital Geral do Estado (HGE), cujos profissionais estão se desdobrando para não deixar nenhum usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) sem atendimento.

Diante desta razão, o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, apela para que os médicos não deixem de cumprir suas prerrogativas, negando atendimento à população. “Todas as reivindicações da categoria estão sendo analisadas pela equipe técnica da Sesau, mas é necessário bom senso da categoria para que nenhum paciente fique penalizado e deixe de receber atendimento médico”, ressaltou.

De acordo com Toledo, os técnicos da Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp) estão concluindo a análise da proposta de alteração do Plano de Cargos de Carreiras e Subsídios (PCCS) dos Médicos, criado pelo governo do Estado, em abril de 2006, graças à Lei 6.730. Para isso, está sendo realizado um estudo técnico do impacto financeiro que este procedimento irá acarretar aos cofres públicos, uma vez que ele não pode ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois implica no incremento de recursos que não estão contemplados no orçamento vigente.

Mesmo diante desta análise, que está ocorrendo de forma minuciosa para contemplar as reivindicações da categoria, o canal de negociação entre Sesau e Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL) permanece aberto, segundo destaca o secretário de Estado da Saúde. A prova disso, são as diversas reuniões que têm acontecido entre a Sesau e a categoria médica.

“Desde o início do primeiro mandato do governador Teotonio Vilela Filho, a Sesau vem honrando os acordos firmados com o Sinmed/AL. Para se ter ideia, em 2008 foi concluído o pagamento do aumento referente a 40,81%, conforme a Lei 6.881, aprovada em 2007 pela ALE [Assembleia Legislativa do Estado]. Há dois anos o governo do Estado vem concedendo reajuste salarial com base no PCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo], que corresponde a 7%, que é resultado da implantação de uma política de reajuste salarial, anteriormente inexistente”, disse Toledo.