O grupo denuncia que o exame foi cancelado sem aviso prévio e as 20 vagas abertas foram preenchidas sem a seleção adequada.
O sonho de ingressar na carreira militar acabou mais cedo para cerca de 80 jovens que se preparavam há três meses para a prova de aproveitamento do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) do Exército Brasileiro, prevista para acontecer nesta terça-feira, 12.
O fato é que o grupo denuncia o cancelamento do exame sem aviso prévio e no momento da prova foram informados que as 20 vagas abertas tinham sido preenchidas, mesmo sem passar pela seleção adequada.
O pai de um dos candidatos, Veridiano Batista dos Santos, disse ao Alagoas 24 Horas que seu filho Victor Hugo Soares, de 18 anos, chegou ao 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMTZ) no horário marcado e esperou aproximadamente duas horas por uma posição do Exército.
"O grupo chegou lá pronto para fazer a prova e depois de uma longa espera foram informados que estavam dispensados, pois já tinham sido escolhidos os candidatos. Não explicaram mais nada. Meu filho está desde outubro se preparando para isso, inclusive foi o segundo lugar no teste físico, e hoje foram jogados fora sem explicação", contou.
Para fazer parte do NPOR, os jovens civis devem cursar uma faculdade e estarem aptos fisicamente para cumprir diversas atividades. O curso compreende os períodos Básico e de Formação e Aplicação. Em seguida, obedecendo à classificação e o número de vagas, os candidatos a oficial são convocados para o Estágio de Instrução e Preparação de Oficiais Temporários (EIPOT).
"Ele se esforçou e está até fazendo Ciências da Computação na Ufal por conta do curso e agora perdeu todas as chances de passar por mérito próprio. Não sei nem como vai ficar a cabeça do meu filho agora, já que, fez vários planos para sua vida", afirmou.
A reportagem entrou em contato com o 59º BIMTZ por telefone, mas foi informada pelos soldados de plantão que o expediente tinha se encerrado e maiores informações sobre o caso só seriam possíveis na quarta-feira, 13.