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PT e PCdoB reafirmam diálogo com chapão, mas anunciam candidaturas ao Senado

Na composição para o Palácio República dos Palmares, os dirigentes defendem o nome do atual prefeito Cícero Almeida (PP), ou do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

Luis Vilar/Alagoas24horas

Integrantes do PT debatem composição eleitoral para 2010

Apesar de confirmarem o andamento dos diálogos juntamente com outros partidos para formar uma frente de oposição ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), apontando um único candidato ao Governo do Estado de Alagoas, PT e PCdoB – conforme seus dirigentes – pretendem lançar candidatos próprios ao Senado Federal. Na composição para o Palácio República dos Palmares, os dirigentes defendem o nome do atual prefeito Cícero Almeida (PP), ou do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

Em outras palavras, está mantido o entendimento da primeira reunião do “chapão”, em Alagoas, ocorrida no início do mês. No entanto, para o Senado Federal, o PT lança – conforme o presidente da legenda, Joaquim Brito, o delegado federal José Pinto de Luna. Já o PCdoB afirma ter candidato próprio: o presidente estadual Eduardo Bonfim. Segundo Brito, com o mesmo entusiasmo que a legenda apoia “Cícero Almeida ou Ronaldo Lessa para o Governo, apoiará Luna para o Senado”.

As candidaturas ao Senado Federal é o grande entrave para a solidificação do chapão, já que aparecem também como pré-candidatos, o senador Renan Calheiros (PMDB), que busca a reeleição, o ex-governador Ronaldo Lessa – que deseja concorrer ao Senado e não ao Governo e o deputado federal Benedito de Lira (PP). Com isto, abre-se uma disputa interna na frente de oposição, já que são apenas duas vagas para o Senado Federal.

Eduardo Bonfim também confirma a candidatura e o apoio do partido quanto ao seu nome. Porém, para Brito, apesar dos ajustes internos para a concretização do chapão – ainda em fase de negociações – há uma questão que une os partidos que é a reprodução, em Alagoas, da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estão unidos os partidos que apoiam o governo do presidente Lula e a candidatura da ministra Dilma (Rousself)”.

Segundo Brito, os partidos “apoiam um projeto de inclusão social”. “O caráter desta aliança é uma questão nacional. Este é o ponto de convergência maior, pois queremos assegurar um projeto nacional exitoso. A frente que se forma em Alagoas representa este projeto nacional. É uma eleição de caráter pebliscitário entre a Era Lula e a Era FHC”, destacou ainda o presidente do PT.

No campo local, Brito avalia que a candidatura do atual governador Teotonio Vilela Filho já está posta. “Esta frente, então, está discutindo e buscando. Há dois nomes que tem o apoio, que é de Cícero Almeida e de Ronaldo Lessa. Quanto ao Senado Federal, cada partido apresenta seu candidato com o mesmo apoio ao candidato ao governo. A candidatura do Luna tem a mesma empolgação”.

Brito chamou a atenção para a “parceria histórica” do PT e do PCdoB e salientou que os dois também podem estar juntos nas proporcionais, para deputado estadual e federal. “Temos a clareza da necessidade desta frente de oposição. Vamos traçar um diagnóstico do Governo do Estado e do que está de fato acontecendo. Está se tentando passar outra realidade por meio de propagandas”.

O presidente do PT frisou os indicadores sociais de Alagoas e principalmente os números de homicídios e crimes no Estado, além de criticar os cortes no orçamento para 2010. Segundo ele, estes são pontos que mostram a necessidade de outro projeto. As críticas ferrenhas ao Governo Estadual e os elogios ao governo Lula marcou a coletiva.

Eduardo Bonfim também frisou identidade que liga o PT e o PCdoB. “É fundamental que conseguimos criar base em todos os estados para mais um ciclo de desenvolvimento, que está sendo promovido pelo governo Lula e que tem a continuidade em Dilma. É um governo de democracia plena e precisamos de mais quatro anos. Seria uma tragédia se um candidato de Fernando Henrique Cardoso ganhasse”, colocou.

“Em Alagoas, nosso candidato natural é Cícero Almeida, que tem aprovação popular e uma administração bem avaliada. Não podemos desligar o caráter nacional destas eleições”, defendeu ainda Bonfim.