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Hemoal realiza captação de medula óssea

A iniciativa visa encontrar doadores compatíveis.

O Hemocentro de Alagoas (Hemoal) realiza nesta sexta-feira (22) mais uma campanha para captar novos doadores voluntários de Medula Óssea. A ação acontece das 8h às 17h na Escola Geraldo Melo, no bairro Tabuleiro do Martins, e visa aumentar o número de alagoanos cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que atualmente conta com 6.945 doadores voluntários.

A iniciativa tem o objetivo de aumentar as chances de encontrar um doador compatível com pacientes acometidos pela leucemia e que necessitam de transplante de medula óssea para alcançar a cura. Isso porque, mesmo sendo um dos poucos transplantes em que o voluntário pode ser doador ainda vivo, a probabilidade de encontrar alguém compatível é de apenas um em cada 100 mil brasileiros, de acordo com estatísticas do Redome.

“Queremos aumentar o número de alagoanos cadastrados no Redome e, para isso, estaremos realizando mais uma campanha, para conscientizar a população e esclarecer algumas dúvidas, pois a medula óssea nada tem haver com a medula espinhal. O transplante é um procedimento simples, que não traz prejuízos à saúde do doador, podendo salvar a vida de pacientes que sofrem com a leucemia, aplasia, mieloma múltiplo e linfoma”, informa a diretora do Hemoal, Verônica Guedes.

Cadastro – Para se candidatar à doação, o voluntário deve ter boa saúde e 18 anos de idade, segundo informações do Setor de Serviço Social do Hemoal. Ele deve comparecer à Escola Geraldo Melo, no Conjunto Graciliano Ramos, portando o CPF e a Identidade. Após preencher um formulário, será coletado, apenas, 5ml de sangue, que será utilizado para descobrir o código genético.

Os dados são remetidos para o Redome, situado no Rio de Janeiro. Caso se encontre algum paciente compatível, o voluntário é convocado e para isso terá que realizar uma bateria de exames, visando comprovar a compatibilidade e, posteriormente, é encaminhado para o transplante, que não traz riscos à saúde e não provoca nenhuma seqüela.

O transplante consiste em uma pequena intervenção cirúrgica nos ossos da bacia – realizada em aproximadamente 90 minutos –, onde é aspirada à medula óssea, sem causar comprometimento à saúde do doador. Após se submeter a um tratamento que destrói a própria medula, o paciente vítima das doenças do sangue – conhecidas como hematológicas –, recebe a medula óssea sadia, como se fosse uma transfusão de sangue.

Essa nova Medula Óssea é rica em células chamadas progenitoras, que, após mergulharem na corrente sangüínea, circularão e irão se alojar na medula óssea, onde se desenvolverão. Mesmo representando um processo rápido e que não traz prejuízo à saúde do voluntário, a doação de medula óssea é comparada a uma loteria, já que encontrar um doador compatível é algo raro.

Em Alagoas, de acordo com dados do Serviço Social do Hemoal, 51 alagoanos se cadastraram para receber o transplante e, desse total, apenas um deles conseguiu um doador compatível. Para obter mais informações, os voluntários podem se dirigir ao Hemoal, situado ao lado do Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro do Trapiche, sempre de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h e, aos sábados, das 8h ao meio dia. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (82) 3315 2109 ou do e-mail hemoal@saude.al.gov.br