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SP: Chuvas matam 9

Bombeiros localizam corpo de mulher soterrada.

Os bombeiros localizaram na noite desta quinta-feira o corpo de uma mulher soterrada durante madrugada em Ribeirão Pires (Grande São Paulo). As duas filhas dela –de 8 e de 14 anos– também morreram em consequência de um deslizamento de terra. Desde a madrugada, o temporal causou nove mortes na região metropolitana.

Na noite de hoje, a chuva voltou a deixar toda a cidade de São Paulo em estado de atenção. Desde a 0h, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, registrou 119 pontos de alagamento na cidade. Ao menos 12 ainda ocupam vias, mas não impedem a passagem do motorista. No dia 9 de dezembro último, quando um temporal parou São Paulo, foram 124 alagamentos, de acordo com o órgão.

A previsão é que a chuva se estenda durante a madrugada desta sexta.

Vítimas

Na tarde desta quinta, os bombeiros localizaram os corpos de um homem de 37 anos e de uma mulher de 33 que haviam sido soterrados na região do Grajaú (zona sul de São Paulo). A filha do casal, de 10 anos, chegou a ser resgatada, mas também morreu.

As outras mortes ocorreram na cidade de São Paulo, onde um homem de 75 anos morreu na zona oeste; em Mauá, onde morreu uma mulher de 33 anos; e em Santo André, onde um homem morreu soterrado.

Com os registros de hoje, sobe para 59 o total de mortes no Estado desde o dia 1º de dezembro.

Na região do Ipiranga, zona sul, um homem foi encontrado morto na manhã desta quinta, em uma área onde havia sido registrado alagamento. Segundo a polícia, ele seria morador de rua e foi encontrado sobre entulhos na avenida Presidente Wilson, altura do viaduto Pacheco e Chaves. A causa da morte não foi confirmada.

Transtornos

Pela manhã, os alagamentos ocuparam vias importantes da cidade e causaram caos no trânsito. A chuva alagou e interditou os túneis Ayrton Senna e Tribunal de Justiça. De acordo com as informações da Prefeitura de São Paulo, as duas bombas responsáveis pela retirada da água do túnel "afogaram". Não há previsão para a liberação.

Apesar dos transtornos causados pela chuva no trânsito, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) decidiu manter o rodízio de veículos, sob justificativa que o maior volume de carros em circulação poderia agravar ainda mais o congestionamento.

A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), alagada, ficou mais de 13 horas fechada e teve um prejuízo de R$ 15 milhões. Barracões de duas escolas de samba foram inundados.