Para que o primeiro turno seja concluído, devem ser votados mais quatro destaques. Aí mora o impasse. A Câmara pretende discutir outras matérias, sem concluir a votação do piso salarial da categoria.
Deputados federais estão denunciando que a bancada do Governo em Brasília está utilizando de manobras para impedir que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 300) seja aprovada definitivamente.
O texto-base da proposta, que pretende criar um piso nacional para os bombeiros e policiais civis e militares foi aprovado esta semana em primeiro turno na Câmara dos Deputados. Um destaque (ajuste que deve ser votado separado) que beneficia os inativos, policiais e bombeiros dos ex-território do Amapá, Rondônia e Roraima também foi aprovado com 322 votos.
Porém, para que o primeiro turno seja concluído, devem ser votados mais quatro destaques. Aí mora o impasse. A Câmara pretende discutir outras matérias, sem concluir a votação do piso salarial da categoria. "O que estão fazendo é imoral e uma verdadeira covardia com os valentes militares de todo Brasil. O PT está esquecendo que somos trabalhadores e merecemos respeito”, afirmou o Sargento Teobaldo de Almeida, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL).
Alguns deputados querem obstruir qualquer votação na Câmara até que a proposta seja analisada, no entanto, os petistas pedem um tempo maior para discutir a PEC.
Se aprovado, o texto segue para votação em segundo turno na Câmara dos Deputados e posteriormente será remetido ao Senado. Lá, a PEC deverá passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e levada ao plenário. O Senado deve aprová-la em dois turnos com voto de pelo menos 49 senadores. Caso o texto passe por modificações voltará para apreciação da Câmara dos Deputados.