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‘Após conhecer necessidades do Estado, pretendo ficar e lutar’, diz Elizabeth Carvalho

Após cinco dias à frente do Executivo, a presidente do TJ – primeira mulher a governar o Estado – disse que 'viveu emoções variadas e que aprendeu importantes lições'.

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A presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (T/AL), desembargadora Elizabeth Carvalho Nascimento, que assumiu interinamente o comando do Executivo, transmitiu na manhã desta quarta-feira, dia10, o cargo para o vice-governador José Wanderley Neto (PMDB). A solenidade aconteceu no Palácio República dos Palmares.

Após cinco dias à frente do Executivo, a presidente do TJ – primeira mulher a governar o Estado – disse que “viveu emoções variadas e que aprendeu importantes lições”. Durante sua curta gestão, a governadora interina se reuniu com lideranças femininas, secretários de Estado, diretores de instituições de ensino, representantes de comunidades carentes e inspecionou obras de infra-estrutura em Palmeira dos Índios, além de entregar a Comenda Nise Magalhães da Silveira a mulheres que tiveram suas vidas destacadas em Alagoas e no país.

No seu discurso de despedida, a desembargadora agradeceu ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) pela oportunidade e não se furtou a abordar temas polêmicos como o reajuste do duodécimo do próprio TJ e dos demais poderes constituídos. Sobre o reajuste o duodécimo do Tribunal de Justiça, que foi determinado pela Justiça, a presidente do TJ se disse arrependida.

“Não faria isso de novo. Eu percebo realmente que o nosso Estado não tem condições de chegar ao patamar que o poder Judiciário realmente necessitava para também atender a população de jurisdicionados, servidores, a fazer concurso, a ampliar o trabalho nas varas e nas comarcas. Temos que infelizmente diminuir a amplitude do trabalho que queríamos efetivar no poder Judiciário e trabalhar com o orçam mento que nos foi dado”, afirmou a desembargadora.

A desembargadora também aproveitou a oportunidade para fazer um mea-culpa, após declarar que pretendia deixar o Estado quando se aposentasse. “Algumas vezes eu fiz essa declaração, por causa daquela crise com a Assembleia há alguns meses atrás, mas a partir dessa visão das necessidades do Estado, acho que todos nós devemos permanecer e lutar com toda a contundência para minorar o sofrimento”, analisou a presidente do TJ.

O comando do Executivo passa, agora, a ser exercido pelo vice-governador José Wanderley Neto, até o retorno do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que se submeteu a uma cirurgia e está em recuperação.