Denúncias foram formalizadas nesta segunda, dia 15.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) pediu à Intendência Penitenciária a apuração de denúncias de maus tratos a presos do Presídio Cyridião Durval, bem como desrespeito a seus familiares. As denúncias foram feitas à Comissão nesta segunda-feira, dia 15/03, por familiares de presos do módulo G4.
Segundo os termos de declaração prestados ao presidente da Comissão, Gilberto Irineu, no último dia 12 diretores do presídio teriam invadido o módulo acompanhados de agentes penitenciários e, em seguida, teriam espancado presos e quebrado seus eletrodomésticos. As esposas e mães dos presos também afirmaram que desde então eles estariam sem energia elétrica e a única água disponível para beber é a da descarga do banheiro. A visitação no domingo foi suspensa. A direção justificou a invasão alegando que uma maçã teria sido atirada em um dos agentes penitenciários.
Os familiares dos presos também denunciaram que um agente identificado por elas à comissão, estaria utilizando arma de fogo com munição letal para amedrontar os presos. Outra denúncia que foi relatada à Comissão é a de que presos isolados na cela chamada de “Corró” estariam em situação desumana, sem colchão, lençol, água e energia.
Elas também disseram que não conseguem fazer com que colchões levados para seus maridos cheguem a eles e que os agentes misturam sabão com os alimentos levados para os presos. As familiares também relataram que em dias de visita, quando estão na fila, são tratadas com desrespeito, que os agentes se dirigem a elas utilizando palavras de baixo calão e que ao tentarem reclamar à direção, não são recebidas.
“Estamos enviando cópias dos termos de declaração juntamente com ofícios à Intendência Penitenciária e à Promotoria de Execução Penal para que as sindicâncias e os procedimentos investigatórios sejam instaurados”, observou Gilberto Irineu.