Segundo diretores do movimento, alguns manifestantes foram agredidos pela Polícia durante protesto. Rua Cincinato Pinto chegou a ser interditada.
O trânsito ficou interrompido na Rua Cincinato Pinto, no Centro, no começo da tarde desta quinta-feira, 18, devido a um protesto realizado por integrantes do Movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), em frente ao Palácio Republica dos Palmares.
Com um carro de som e munidos de faixas, os manifestantes cobram a exoneração do gerente da Diversidade Sexual de Alagoas, Otávio Oliveira, ligado a Secretaria da Mulher, Direitos Humanos e Cidadania. A Polícia Militar foi acionada e os portões do Palácio chegaram a ser fechados.
Mais tarde, por volta das 14h, alguns manifestantes chegaram a ser agredidos pela Polícia. "Voltou o tempo da repressão. O Movimento foi recebido com agressão pelos militares porque estão expressando suas ideias e reivindicando seus direitos", disse Igor Nascimento, integrante do GGAL.
Ele contou à reportagem que um policial militar mais ‘alterado’ que os outros agrediu e xingou o diretor da ONG Pró-Vida, Dino Alves, ordenando que os manifestantes deixassem o local. “O policial também se recusou a chamar o Centro de Gerenciamento de Crises”, disse, acrescentando que uma comissão formada por três pessoas está sendo recebida no Palácio por um representante do governo.
Nascimento disse que o protesto também visa cobrar o esclarecimento dos homicídios envolvendo homossexuais no Estado. “No país, 34 homossexuais foram mortos em 2009, sendo oito, ou 22% dos casos, só em Alagoas”.
Dino Alves acrescentou que o gerente da Diversidade Sexual pode ser responsável pelo aumento no número de assassinatos. “Se as políticas públicas propostas pela população de LGBT de Alagoas fossem implantadas não teriam ocorrido tantos assassinatos de gays no Estado”, afirma, referindo-se as propostas aprovadas durante a I Conferência Estadual de Políticas LGBT de Alagoas, realizada em junho de 2008.
O pedido de exoneração do servidor comissionado foi protocolado em ofício assinado por várias entidades ligadas ao LGTB.
Depois da suposto conflito, o Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar foi acionado e negocia com os manifestantes a liberação da Rua Cincinato Pinto.