Edital será publicado nas próximas semanas.
A Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), deverá lançar nas próximas semanas um edital para concessão temporária de bolsas a 150 técnicos. Eles vão atuar no campo e prestar orientações aos agricultores familiares.
A garantia é da superintendente de Assistência Técnica, Pesquisa e Extensão da Seagri, Rita Lima, durante uma apresentação dela e de outros gestores da entidade no 1º Congresso Alagoano dos Municípios, na sexta-feira (26), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso.
De acordo com a superintendente, a concessão de bolsas aos técnicos faz parte de um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o período é de um ano, podendo ser renovado por mais um. Serão selecionados técnicos agropecuários, engenheiros agrônomos, engenheiros de pesca, zootecnistas, veterinários, assistentes sociais, nutricionistas, profissionais de economia doméstica e administradores.
“Eles serão distribuídos entre as nove regiões administrativas do Estado para atuar junto aos agricultores familiares, levar orientação, tecnologias, informação e facilitar o acesso a programas federais e estaduais”, frisou Rita Lima.
Alagoas Mais
O superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, o engenheiro agrônomo Edson Maruta, fez uma explanação geral sobre os Programas Alagoas Mais. Ele começou falando do Alagoas Mais Ovinos, por meio do qual agricultores de 30 municípios do Sertão estão sendo beneficiados com apoio para a criação de ovinos e caprinos, capacitação, assistência técnica, orientação para plantio de forragens e melhoramento genético.
O Alagoas Mais Alimentos, também lembrado por Edson Maruta, envolve uma série de outros programas que já estavam em execução. São eles: Programa de Sementes, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Agricultura Urbana e Periurbana, e Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais).
O superintende também explicou como funciona o Programa Alagoas Mais Peixe, com foco na produção de peixe da espécie tilápia em barragens usadas para irrigar as plantações de cana-de-açúcar.
“Na entressafra da cana, cerca de 50 mil pessoas ficam desempregadas, e elas podem ser absorvidas para trabalhar na piscicultura. Outro motivo é que, com a proibição do corte manual e a mecanização, esses trabalhadores precisão de outra fonte de renda, e preferencialmente próximo do local onde vivem. A piscicultura em tanques-rede surge como opção”, salientou Maruta.
Segundo ele, na região da Bacia Leiteira o Programa Alagoas Mais Leite está sendo um propulsor do desenvolvimento e colaborando para resgatar a tradição local na produção de leite. “O diferencial é que essa atividade tem que ser vista pelos pequenos produtores como um negócio; é preciso que o produto tenha qualidade. Por isso, o Alagoas Mais Leite está levando assistência técnica, melhoramento genético, capacitação, orientação para associativismo e comercialização”, destacou.
Garantia Safra
O coordenador estadual do Garantia Safra, José Antônio dos Santos, explicou a logística do programa, que faz parte de uma rede de proteção ao agricultor familiar. Segundo ele, o programa é solidário, pois envolve a participação dos agricultores, dos municípios, dos Estados e da União. “Todos devem aderir e colaborar com a sua parte. Assim, forma-se um fundo e, caso o agricultor tenha perda de pelo menos 50% do que plantou provocada por seca ou excesso de chuva, recebe um seguro no valor de R$ 600”, detalhou José Antônio.
A cada ano, é preciso que haja a adesão do Estado, em seguida a adesão do município, a participação dos agricultores, que fazem a inscrição, são selecionados pelo MDA e depois pagam uma taxa de R$ 6 para garantir a adesão. Se ocorrer seca ou excesso de chuva e isso provocar a perda da lavoura, ocorre o pagamento.