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Após chuvas, Rio segue em alerta

Foram registradas 105 mortes.

AP

Deslizamento de terra nas imediações de Santa Teresa, no Rio de Janeiro

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse em entrevista coletiva nesta manhã que a situação da cidade, hoje, é bem melhor do que a registrada na terça-feira, mas mesmo assim pede que somente as pessoas que tenham compromissos inadiáveis saiam de casa.

“A solicitação de hoje é diferente. Ontem pedimos à população que não saísse de casa. Hoje peço que saiam somente se o compromisso for inadiável, peço que usem transporte solidário, dividindo o carro com vizinhos, mas que, se possível, fiquem em casa”.

O prefeito informou que não houve mais deslizamentos durante a noite apesar da chuva moderada que permanece ininterrupta. Ele não descarta, porém, a possibilidade de novas ocorrências. Por isso, a Defesa Civil permanece em regime de alerta máximo.

Problemas na cidade
Há ainda vários pontos críticos de alagamento na cidade. Os moradores da Barra da Tijuca enfrentam problemas sérios para sair do bairro. A estrada Grajaú-Jacarepaguá, que liga a Zona Oeste a Zona Sul, esta completamente interditada. O Alto da Boa Vista, que liga as mesmas regiões, também.

O túnel Lagoa-Barra está aberto, mas a Lagoa Rodrigo de Freitas foi interditada quase na sua totalidade. Ha vários pontos intransitáveis no entorno, o pior deles junto ao Parque dos Patins. O trânsito está sendo desviado para a rua Jardim Botânico e, principalmente, para a orla do Leblon. A Avenida Niemeyer, que liga São Conrado ao Leblon também está interditada.

Dia de caos
Na terça-feira, Rio de Janeiro viveu um dia de caos. Foram registradas 105 mortes, sendo a maioria vítimas de deslizamento de terra, e 202 pessoas ficaram feridas após uma forte chuva que atingiu o Estado.

As aulas foram suspensas, serviços públicos tiveram o expediente cancelado, o aeroporto Santos Dumont ficou fechado durante boa parte da manhã e empresas cancelaram a venda de bilhetes com destino para o Rio.

Esta é considerada a pior chuva já vista no Rio de Janeiro. Em 24 horas, o número de mortos superou o registrado nos quatro meses de verão em São Paulo.