Deputado foi denunciado como autor intelectual do crime.
A Procuradoria Geral de Justiça denunciou ao Tribunal de Justiça o deputado estadual João Beltrão (PRTB) como autor intelectual do assassinato do bancário Dimas de Holanda Fonseca, morto em abril de 1997. O crime teria sido cometido após a descoberta que a vítima estava tendo um caso com uma suposta amante do parlamentar. Beltrão não integrou a lista de denunciados que foi ofertada pela Promotoria de 1º grau, porém na época já haviam indícios do envolvimento do deputado.
A denúncia inicial aponta que os autores materiais Eufrásio Tenório Dantas, “Cutita”, Daniel Luiz da Silva Sobrinho, Paulo Nei, Valdomiro dos Santos Barros, José Carlos Silva Ferreira, o “Ferreirinha” e Valter Dias Santa Filho, o “Valter Doido” foram recrutados pelo deputado estadual para matar o bancário. Eles teriam usado um veículo de propriedade do parlamentar para executar a vítima em uma rua do Conjunto Santo Eduardo, em Maceió. Fora que todos os envolvidos eram da mais estreita confiança de Beltrão.
Para embasar a denúncia a Procuradoria Geral de Justiça anexou os depoimentos feitos por quatro irmãos da vítima, o coronel da reserva da Polícia Militar Nerecinor Sarmento, o ex-tenente coronel Manoel Cavalcante – que prestou as informações aos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital. “Irrefragável que as provas testemunhais ao ora denunciado a autoria intelectual do crime, bem como a todos a quem são imputados a perpetração do fato criminoso”, explicou.