Prefeito disse ser fiel ao grupo que integra e que apenas em caso de 'trairagem' mudaria de posição.
Em entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira, 20, durante evento no Ginásio de Esportes Arivaldo Maia, no Jacintinho, o prefeito Cícero Almeida (PP) disse que não conversa com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) sobre alianças políticas desde que não haja nenhuma reviravolta política dentro do grupo que integra, que agrega legendas como PMDB, PTB, PT, Democratas, PDT e PCdoB e o ‘cortejado’ PP.
Almeida voltou a afirmar que abriu mão de tudo – numa alusão à sua própria candidatura ao Governo do Estado, e à indicação de um possível vice – em favor da consolidação da frente de oposição a Téo Vilela. Segundo o prefeito, seu posicionamento atendeu um pedido do presidente Lula, a quem disse dever lealdade, que teria indicado o ex-governador Ronaldo Lessa para compor o palanque da presidenciável Dilma Roussef em Alagoas.
O prefeito disse que seu posicionamento será mantido, a não ser que haja algum tipo de ‘trairagem’ dentro do grupo. Questionado sobre a postura do seu partido – o PP -, que seria anunciado como integrante da base governista na próxima semana, Almeida disse que estava tendo dificuldades em falar com o presidente da legenda, deputado Benedito de Lira, mas reconheceu que as negociações estariam em andamento. Almeida disse aguardar uma definição da legenda que integra.
Em tom conciliatório, o prefeito disse que é aliado de Vilela. Almeida, no entanto, fez questão de ressaltar que caberá à população definir quem é melhor para o Estado, se a reeleição do atual Teotonio Vilela ou a recondução de Ronaldo Lessa ao comando do Executivo de Alagoas.
Sobre a greve dos servidores públicos municipais, o prefeito disse que o processo transcorreu conforme o esperado e que a mensagem que garante o reajuste de 10% a todas as categorias, além dos servidores inativos, já foi encaminhada à Câmara de Maceió para aprovação.
Uma assembleia que acontece na tarde de hoje deve referendar a proposta aceita ontem pelos líderes sindicais. Na proposta, a Prefeitura se compromete em implantar 5% retroativos a janeiro e os 5% restantes em julho. O prefeito garantiu, ainda, o pagamento do funcionalismo até o dia 30 deste mês, alegando que mesmo com a queda na arrecadação devido à greve, deverá ser utilizado um fundo de reserva para assegurar o pagamento dos servidores.