Ministério propôs ao Papa lançar marca de preservativos.
O ministério britânico das Relações Exteriores pediu desculpas ao Vaticano pela publicação de um memorando que aconselharia o papa Bento XVI a lançar a própria marca de preservativos e abençoar o casamento gay durante a visita que fará ao Reino Unido em setembro.
O documento, divulgado pelo jornal Sunday Telegraph, recomendava ainda a Bento XVI abrir uma clínica para praticar abortos.
O texto apresentava uma lista de propostas para que a visita do Sumo Pontífice, de 16 a 19 de setembro, fosse "ideal".
Esta será a primeira visita oficial de um Papa ao Reino Unido, já que João Paulo II realizou apenas uma missão pastoral em 1982.
O memorando é acompanhado por uma nota que explica que as ideias foram apresentadas durante uma reunião de reflexão.
O Foreign Office pediu desculpas no sábado ao Vaticano pelo texto, que qualificou de "estúpido", e informou que o funcionário responsável, um jovem funcionário, foi transferido para outro cargo.
"É um documento estúpido que não representa de nenhum modo a posição do Foreign Office nem do governo britânico", afirmou um porta-voz.
O ministro das Relações Exteriores, David Miliband, se declarou "horrorizado" com o texto e o embaixador britânico no Vaticano, Francis Campbell, se reuniu com várias autoridades da Santa Sé para afirmar que o governo britânico lamentava o memorando.