Hebert Motta se reuniu com direção da Santa Mônica
O secretário da Saúde, Herbert Motta, a reitora da Universidade de Ciências da Saúde (Uncisal) e a direção da Maternidade Santa Mônica se reuniram na quinta-feira (29) para discutir o relatório parcial apresentado pela Vigilância Sanitária Estadual, após trabalho de investigação realizado pelos técnicos para constatar as causas dos óbitos naquela unidade.
As informações levantadas pelos profissionais da Vigilância revelam a inexistência de surto de óbitos ou infecção hospitalar. "Ao contrário do que foi divulgado, as estatísticas na unidade também mostram que houve acentuada queda no número de óbitos de recém-nascidos registrados este mês", defende o secretário.
Herbert Motta tranquiliza a população em relação ao atendimento da maternidade Santa Mônica, que é referência na assistência a gestantes e crianças de alto risco. Segundo Motta, a unidade vai continuar prestando atendimento normalmente aos usuários pelo fato de não existir motivos para a desativação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“As informações que foram veiculadas sobre os óbitos ocorreram de forma equivocada. Pedimos que todos fiquem tranquilos e confiantes na qualidade do serviço oferecido pela maternidade, porque está mais que comprovado que não há surto de infecção hospitalar”, disse o secretário. Segundo ele, a rede materna e infantil não sofre a falta de leitos.
"Estamos investindo e ampliando a oferta de vagas na rede como, por exemplo, as obras de reforma dos leitos de UTI do Hospital Universitário (HU), previstas para serem concluídas em 15 dias e na Unidade Mista Senador Arnon de Mello, em Piranhas", aponta.
De acordo com os números apresentados, em abril de 2009 ocorreram 27 óbitos de bebês contra 19 no mesmo período de 2010. Dos recém-nascidos que faleceram, 12 eram oriundos de outros municípios alagoanos e chegaram à maternidade depois de mais de 3 horas de viagem com o quadro de saúde bastante agravado. Algumas dessas crianças apresentavam cardiopatias, má-formação e prematuridade com menos de 35 semanas.
"O ideal era que não ocorresse nenhuma morte, porque sabemos a dor pela qual passam as famílias. No entanto, é preciso deixar claro que não abriremos mão da investigação", afirmou o secretário, assegurando apoio e parceria aos gestores e direção da Uncisal.
Segundo a reitora da Uncisal, Rosangela Wyszomirsrka, foi feito um levantamento sobre o número de óbitos, entre 2006 e 2009, que constatou uma redução de 100 casos. “A taxa de infecção de UTI neonatal está em queda e os bebês que chegam à maternidade de alto risco são de mães que não tiveram pré-natal adequado”, disse a reitora, reafirmando que a maternidade Santa Mônica continuará sendo uma unidade de referência para o SUS.
Uma comissão com representantes da Sesau, Uncisal e Maternidade Santa Mônica será formada para acompanhar as ações da casa maternal relativas à manutenção, inclusive os primeiros passos para viabilização da reforma que será realizada ainda este ano, cujo projeto arquitetônico já está pronto. A obra terá duração de dez meses a um ano e custará em torno de R$ 1,2 milhão.