O som de Alagoas atravessa o Atlântico. Nesta segunda-feira (10), será lançado em Londres (Inglaterra), o álbum Bantus e Caetés, o primeiro da Orquestra de Tambores. O trabalho chega ao exterior com o selo da Far Out Recordings, gravadora que lá fora divulga nomes como Milton Nascimento, Joyce e Dori Caymmi.
Composto por 14 faixas, o disco tem como referência os quatro elementos da natureza – água, fogo, terra e ar. Somado ao ritmo dos tambores, a modernidade da música eletrônica. “Esse trabalho tem influências indígenas e africanas, agregadas à musicalidade contemporânea. Não podemos ficar com os pés cravados em 1500”, explica Wilson Santos, regente da banda.
Bantus e Caetés tem a participação especial de Naná Vasconcelos, na interpretação de Mundaú-Nagô; e da percussionista americana Layne Redmond, em Mooyo. “O som surge nos ensaios e é inspirado nas nossas raízes. Tento transmitir na música instrumental a força do guerreiro, do baião, da cultura popular”, ressalta Wilson.
A Orquestra de Tambores é formada por 18 componentes. A história começou em 2004, com a reunião de amigos na casa do próprio Wilson. Era uma oficina improvisada no quintal do moço. No mesmo ano, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o grupo ganhou um espaço no Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte) para as oficinas de confecção de instrumentos e ensaios.
Nesses seis anos de estrada, o grupo já conquistou muitas vitórias. No mês de março, foi o único representante de Alagoas a subir ao palco da Teia 2010 – Encontro Nacional de Pontos de Cultura, realizado em Fortaleza (CE). Participou por três vezes da Feira da Música, também na capital cearense.
Para conhecer o trabalho da Orquestra, é só conferir os ensaios no Cenarte, sempre às terças e quintas, das 14h às 17h. A compra de Bantus e Caetés pode ser feita pelo site www.faroutrecordings.com. O contrato com a gravadora tem duração de três anos. Mais informações: (82) 8826-6548.