De junho a agosto deve ser de chuva acima da média.
Os meses de junho, julho e agosto devem ser de chuva acima da média em Alagoas, em relação ao mesmo período do ano passado, sobretudo no litoral Norte, que abrange os municípios de Maragogi, Japaratinga, São Luiz do Quitunde e Maceió. No Agreste e Sertão deve chover normalmente neste período. A previsão é do professor e meteorologista do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Luiz Carlos Molion.
Molion explicou que o fim do fenômeno El Nino na semana passada, provocado pelo aquecimento das águas do oceano pacífico, refletiu no baixo volume de chuva que caiu em Alagoas no mês de maio, considerado um dos meses tradicionais de chuva. “Situação semelhante se repetiu nos anos de 1965/1966 e 1972/1973, quando as chuvas foram intensificadas nos meses de junho, julho e agosto”, fundamentou.
De acordo com Molion, a população deve ficar atenta ao mês de junho, uma vez que estão previstas tempestades com trovoadas e descargas elétricas. “A Defesa Civil deve dobrar a atenção nas áreas de risco e orientar a população. Já os agricultores devem torcer para que as chuvas retornem logo para evitar que percam a plantação”, advertiu o meteorologista. Outro alerta do especialista diz respeito aos meses de setembro a dezembro, que normalmente são secos e têm mais chuvas que o normal.
Plano de inverno – O secretário executivo da Defesa Civil Estadual, coronel Denildsson Queiroz, assegurou que o órgão elaborou um plano de operações de inverno e preparou as coordenadorias municipais no sentido de agir em tempo hábil em situações de emergência, provocadas pelas chuvas.
“Traçamos o plano com base em históricos de desabamentos, deslizamentos e números de desabrigados das cidades mais atingidas pelas chuvas, principalmente no litoral Norte”, destacou.
Segundo ele, a Defesa Civil Estadual mantém articulação permanente com a Coordenadoria Regional da Defesa Civil, com o intuito de preparar a população para deixar o local e se abrigar em casas de parentes ou amigos, em caso de necessidade.
Ele lembrou que a primeira resposta, em termos legais, é do município, e que o Estado somente dá suporte quando todas as possibilidades de resposta são esgotadas. “Se tiver chuva acima do normal, entraremos em contato com os órgãos envolvidos com a causa para resolvermos o problema”, destacou.