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Mais de 100 índios darão aulas em escolas

sta é a primeira vez que o Estado contrata monitores com esse perfil.

A partir desta segunda-feira, 7, cerca de 100 integrantes dos povos indígenas de Alagoas estarão se apresentando às Coordenadorias Regionais de Educação (CRE), para ministrarem aulas nas escolas indígenas do Estado. Eles foram selecionados pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, através do Processo Seletivo Simplificado, como monitor-atividade e professor-monitor de educação infantil, 1º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio.

A relação dos selecionados foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), na quarta-feira, 26 de maio.

Segundo a gerente de Educação Escolar Indígena da Secretaria, Maria Edilene Almeida, está é a primeira vez que descendentes das tribos alagoanas são escolhidos para participarem diretamente do processo de ensino formal dos povos indígenas de Alagoas.

“Durante a seleção, o aspecto diferenciado foi exatamente esse: o monitor-atividade ou professor-monitor, para ser selecionado, teria que ser integrante de alguma comunidade indígena”, explicou Maria Edilene.

Os selecionados neste processo irão atender as demandas das Escolas Estaduais Indígenas Pajé Miguel Selestino da Silva, Mata da Cafurna, José Gomes Celestino, Cacique Alfredo Celestino, Balbino Ferreira, Xucuru Kariri Yapi Leanawan, Tingui Boto, Itapó.

As escolas Pajé Francisco Queiroz Suíra, Ancelmo Bispo Souza, José Carapina, Juvino Henrique da Silva, José Máximo de Oliveira, Manoel Honório da Silva, Professora Marlene Marques dos Santos e José Manoel de Souza, também vão receber professores-monitores indígenas. As escolas pertencem a 3ª, 5ª, 9ª, 11ª e 12ª Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).

2 mil alunos – Ao todo, foram selecionados 84 monitores de atividades e 18 professores monitores, que darão aulas, da alfabetização ao ensino médio, nas 16 das 17 escolas indígenas do Estado.

“Apenas uma escola indígena, localizada no município de Traipu, ficou sem monitor selecionado, porque não apareceu candidato compatível com critério mínimo exigido, mas esse problema será resolvido com remanejamento de professores de outras localidades”, explicou Maria Edilene.

Segundo ela, os selecionados irão ministrar aulas para 1.860 alunos matriculados nas escolas indígenas do Estado.

“Os selecionados irão assinar contrato temporário de serviço prestado com duração de um ano, renovável por mais um ano. Eles terão carga horária de no máximo 40 horas semanais, de acordo com as necessidades de cada escola”, explicou Maria Edilene.

De acordo com a educadora, os selecionados precisam comparecer às sedes das CREs, de segunda a quarta-feira, no horário das 8h às 14h, munidos dos documentos exigidos no edital de seleção, para formalização dos contratos. Eles irão atender os povos Xucuru Kariri, Tingui Boto, Karapotó Plakiô, Kariri Xocó, Koiupanká, Geripancó, Katokinn e Wassu.